O presente estudo teve seu início em fins de 1989 quando ocorreu a primeira falta de álcool combustível no país. Embora o momento atual seja diferente, com o abastecimento de álcool normalizado em todo o território nacional, ainda pairam dúvidas acerca do retôrno daquele estado caótico. Pela atual instabilidade econômica, a qual pouco difere da de 1989, essa possibilidade não pode ser desprezada. Na época, por possuir um veículo movido a álcool e na tentativa de resolver meus problemas particulares oriundos da falta daquele combustível, e também por interesses profissionais no assunto, comecei a fazer experiências com veículos e motores movidos a álcool convertidos reversivelmente para gasolina. Neste trabalho, relato em ordem cronologica essas experiências e minhas conclusões teóricas, com relação aos resultados obtidos, e apresento uma solução para o problema da falta de álcool combustível na sua eventual repetição. Trato também, teoricamente, num sentido um pouco mais amplo, da possibilidade de um motor alternativo de combustão interna de ciclo Otto com uma razão de compressão definida pelo limite de detonação do combustível, operar com o mesmo combustível a uma razão de compressão bem maior sem a ocorrência de detonação e, no mínimo, com o mesmo desempenho.

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