Doctoral Thesis
DOI
https://doi.org/10.11606/T.27.2024.tde-03072024-153035
Document
Author
Full name
Patricia Zimermann
E-mail
Institute/School/College
Knowledge Area
Date of Defense
Published
São Paulo, 2024
Supervisor
Committee
Kunsch, Margarida Maria Krohling (President)
Alves, Patricia Horta
Dias, Sylmara Lopes Francelino Gonçalves
Pereira, Else Lemos Inácio
Scroferneker, Cleusa Maria Andrade
Title in Portuguese
Comunicação organizacional para a cultura oceânica e o desenvolvimento sustentável
Keywords in Portuguese
Comunicação
Comunicação Organizacional
Cultura Oceânica na Agenda 2030 (ONU)
Economia Circular
Pesquisa e Inovação Responsável
Abstract in Portuguese
Esta tese de natureza exploratória e qualitativa pressupõe a comunicação como um fenômeno compreensivo, que requer escuta e interpretação. Investiga como as organizações, buscam silenciar, omitir/contornar controvérsias ambientais em estratégias de comunicação, tais como discursos legitimadores como forma de reforçar compromissos e função social. Um dos grandes problemas no mundo hoje é a incidência de lixo no mar. Essa questão é proporcionalmente grave quando as pesquisas relacionam o plástico como sendo o maior poluidor do Oceano, afetando recursos hídricos, a vida marinha, a saúde humana e a economia. Esta tese aplica-se sobre a interface entre Comunicação e Oceano em suas dimensões teóricas e práticas para evidenciar a importância da pesquisa e inovação responsável para a sustentabilidade em ESG, Environmental, Social, Governance (que em português significa ambiental, social e governança. Para tanto, o estudo é transversalizado nas políticas públicas e práticas organizacionais que se referem ao Objetivo de Desenvolvimento Sustentável 14 Vida na água. Pretende-se discutir o lixo no mar e evidenciar o papel da Comunicação Organizacional no contexto da Década do Oceano. A metodologia adota uma perspectiva crítico-reflexiva, cujo corpus analítico é evidenciado em contexto brasileiro e holandês, nos compromissos assumidos por uma organização privada na Ocean Decade Alliance, tendo como foco o relatório de sustentabilidade a partir de critérios e descritores que permitam observar a construção oficial do discurso organizacional (Orlandi, 2020) sobre a abordagem desse fenômeno pela organização. A questão subjacente é compreender, pelas formas de produção de sentidos, como as práticas discursivas (Foucault, 1995) que se articulam com práticas econômicas, políticas e sociais no âmbito da Agenda 2030, se constituem discursivamente numa confluência de espaços e poderes nem sempre claros e visíveis. O referencial teórico-metodológico da Hermenêutica de Profundidade de John B. Thompson cuja sistematização, apoiada sobre a necessidade de uma análise crítica do caráter ideológico da comunicação de massa, proporcionou poderoso dispositivo para estimular a reflexão crítica e desvelar maneiras com que o sentido, atrelado às formas simbólicas da mídia, serve para legitimar relações de dominação. Para compreensão dos sentidos produzidos nos discursos, utilizamos a análise do discurso (AD) de linha francesa. Ao final, apresentamos, características, os tipos e as formações discursivas presentes na comunicação sobre o Oceano nas organizações e como a gestão de riscos sobre a água na Holanda, organiza e apoia o conhecimento, os serviços e produtos, gerando oportunidades entre ciência e inovação, processos decisórios para a mudança social alinhada às demandas do combate à poluição plástica no oceano.
Title in English
-
Keywords in English
Circular Economy
Communication
Corporative Communication
Ocean Culture in the 2030 Agenda (UN)
Responsible Research and Innovation
Abstract in English
This exploratory, qualitative thesis assumes that communication is a comprehensive phenomenon that requires listening and interpretation. It investigates how organisations seek to silence, omit/contour environmental controversies in communication strategies, such as legitimising discourses as a way of reinforcing commitments and social function. One of the biggest problems in the world today is the incidence of rubbish in the sea. This issue is proportionally serious when research lists plastic as the biggest polluter of the ocean, affecting water resources, marine life, human health and the economy. This thesis focuses on the interface between "Communication and the Ocean" in its theoretical and practical dimensions to highlight the importance of responsible research and innovation for sustainability in ESG, "Environmental, Social, Governance". To this end, the study cuts across public policies and organisational practices that refer to Sustainable Development Goal 14 - Life on Water. The aim is to discuss waste at sea and highlight the role of organisational communication in the context of the Decade of the Ocean. The methodology adopts a critical-reflexive perspective, whose analytical corpus is evidenced in a Brazilian and Dutch context, in the commitments made by a private organisation in the Ocean Decade Alliance, focusing on the sustainability report based on criteria and descriptors that allow us to observe the official construction of organisational discourse (Orlandi, 2020) on the organisation's approach to this phenomenon. The underlying question is to understand, through the ways in which meanings are produced, how discursive practices (Foucault, 1995) that are articulated with economic, political and social practices in the context of Agenda 2030, are discursively constituted in a confluence of spaces and powers that are not always clear and visible. The theoretical-methodological framework of John B. Thompson's Hermeneutics of Depth, whose systematisation, based on the need for a critical analysis of the ideological character of mass communication, has provided a powerful device for stimulating critical reflection and unveiling the ways in which meaning, linked to the symbolic forms of the media, serves to legitimise relations of domination. In order to understand the meanings produced in the discourses, we used French discourse analysis (DA). In the end, we present the characteristics, types and discursive formations present in communication about the ocean in organisations and how water risk management in the Netherlands organises and supports knowledge, services and products, generating opportunities between science and innovation, decision-making processes for social change in line with the demands of combating plastic pollution in the ocean.
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Publishing Date
2024-07-04