Esta dissertação investiga o ambiente cultural brasileiro na década de 1960 e as possíveis ressonâncias deste ambiente com o termo pop art. Estuda-se como o termo foi cunhado no final da década 1950, sua associação a um grupo de artistas nova-iorquinos e também sua aplicação no ambiente brasileiro. Analisa-se a circulação dos artistas pop estrangeiros na IX Bienal de São Paulo em 1967, entre outras exposições e manifestações culturais do período, buscando traçar um mapa da atmosfera cultural em São Paulo e no Rio de Janeiro. As obras de Antonio Dias da década de 1960, encarnam uma situação de fronteira entre signos da cultura popular e da crescente indústria cultural no Brasil, entre a realidade política violenta da ditadura Militar e o ambiente culturalmente rico das instituições de arte no Rio de Janeiro. A obra de Mira Schendel na década de 1960, se abre para a experimentações e descobertas de materiais em seu entorno, incorporando em suas colagens elementos recortados de jornais e revistas de época.

This dissertation investigates the Brazilian cultural environment of the 1960s and the potential resonances between that setting and the term Pop Art. It studies how the term was coined at the end of the 1950s, its association with a group of artists from New York City, and its relevance in Brazilian culture. It analyzes the movement of foreign pop artists at the IX Biennial of São Paulo in 1967, along other exhibitions of the period, tracing a map of the cultural atmosphere in São Paulo and Rio de Janeiro. The works of Antonio Dias from the 1960s embody the border between the symbols of popular culture and the growing cultural industry in Brazil, between the violent political reality of the military dictatorship and the rich cultural environment of Rio de Janeiros arts institutions. Alternatively, Mira Schendels work from the same period opened itself to experimental discoveries from surrounding materials, incorporating cut outs from contemporary journals and magazines in collages.