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Dissertação de Mestrado
DOI
https://doi.org/10.11606/D.27.2024.tde-24052024-115902
Documento
Autor
Nome completo
Juliana Akstein Simão Incrocci
E-mail
Unidade da USP
Área do Conhecimento
Data de Defesa
Imprenta
São Paulo, 2024
Orientador
Banca examinadora
Cordaro, Madalena Natsuko Hashimoto (Presidente)
Eluf, Lygia Arcuri
Ishiki, Michiko Okano
Título em português
Entre vazios
Palavras-chave em português
Arte e cultura japonesas
Artes visuais
Fotografia e gravura
Paisagem
Vazio
Resumo em português
Entre vazios teve como objetivo estudar a representação visual do vazio, por meio do desenvolvimento de três séries de gravuras e fotografias, por mim realizadas ao longo dos últimos três anos. Em sua maioria, são cenas de paisagens, por lugares onde viajei nestes últimos três anos, como o Deserto de Atacama, bem como retratos da minha cidade natal, no sul de Minas Gerais. Nelas, procurei retratar o vazio tanto através do suporte empregado, como papéis translúcidos japoneses, como também por escolhas feitas na composição de cada uma das obras, ao enfatizar nelas, por exemplo, áreas de céu, de sombras ou de campos abertos, ou a compô-las em justaposição. Além disso, buscou-se compreender como o vazio aparece em obras de diferentes artistas, intencionando abordá-lo tanto dentro de uma perspectiva do leste asiático, particularmente através do conceito japonês ma (), como também por um ponto de vista ocidental. Para tanto, foram analisadas as obras de artistas como Miho Kajioka, Masao Yamamoto, Jungjin Lee, John Cage, Cy Twombly e Mira Schendel. Em um primeiro momento, relaciono os trabalhos dos fotógrafos japoneses Miho Kajioka e Masao Yamamoto, compreendendo o vazio em suas imagens através de algumas escolhas compositivas, tais como o destaque para espaços sem cor, com grandes áreas tomadas por névoas, neves e mares. Além disso, associo os seus trabalhos com o ma () japonês, que, como veremos adiante, além de se vincular à uma ideia de vazio, também se correlaciona com uma percepção de união entre tempo e espaço, que, em seus trabalhos, aparece pelo uso de tonificantes, tais como chás, o que confere um aspecto envelhecido em suas fotografias. Logo depois, apresento a obra da fotógrafa sul-coreana Jungjin Lee, analisando o seu trabalho dentro de uma tradição coreana de paisagem mais antiga, na qual se valorizava o espaço deixado em branco da superfície do papel, tendo esse um papel tão fundamental na composição, quanto às pinturas de montanhas e rios, por exemplo. De modo igual, a escolha de Lee por folhas artesanais de fibra de amoreira para a impressão das imagens dialoga também com a ideia de vazio. Por ter uma baixa gramatura, esse suporte possui uma certa transparência, o que proporciona uma delicadeza em seu trabalho, de tal modo que o assunto retratado parece desaparecer através da porosidade própria do papel. Posteriormente, em um segundo momento, analiso a percepção do vazio nas obras de três artistas ocidentais, examinando primeiramente o trabalho do músico estadunidense John Cage. No estudo de sua trajetória, procurou-se compreender o vazio e a sua relação com a ideia de silêncio, presente em diversas composições do artista, especialmente em associação com o zenbudismo, doutrina que o levou a chegar a essa percepção, como veremos adiante. O silêncio em Cage aparece não somente como um esvaziamento do som, mas também como um elemento compositivo importante para a construção de seus trabalhos musicais. Por fim, correlaciono os trabalhos do artista norte-americano Cy Twombly e da artista suíça naturalizada brasileira Mira Schendel. Ainda que de origens diferentes, ambos os artistas incorporaram o vazio em seus trabalhos de modo semelhante, sobretudo em relação ao espaço não utilizado do suporte, fosse esse uma tela ou um papel. Como será analisado posteriormente, Twombly chegou ao vazio, através de experiências com o Expressionismo Abstrato e do contato com a obra do poeta francês Stéphane Mallarmé, enquanto Schendel chegou a ele, por meio do contato com a arte concreta brasileira, bem como do seu uso de finos papéis japoneses, que assim como os papéis de amoreira utilizados por Jungjin Lee, também apresentavam uma certa fragilidade e transparência. Em síntese, por meio da produção de gravuras e fotografias e pelo estudo da obra desses seis artistas, de diferentes origens e de diferentes épocas, procurei entender como a ideia do vazio foi e continua a ser importante na criação de trabalhos visuais e sonoros, além de analisar como ela se relaciona igualmente com as tradições culturais de diferentes países, como Brasil, Coreia, Estados Unidos e Japão.
Título em inglês
-
Palavras-chave em inglês
Japanese Art and Culture
Landscape
Photography and Printmaking
Visual arts
Void
Resumo em inglês
Entre vazios aimed to study the visual representation of emptiness, through the development of three series of prints and photographs, created by me over the last three years. Mostly, they are landscape scenes, through places where I have traveled in the last three years, such as the Atacama Desert, as well as portraits of my hometown, in the south of Minas Gerais. In them, I sought to portray emptiness both through the support used, such as translucent Japanese paper, and also through choices made in the composition of each of the works, by emphasizing, for example, areas of sky or open fields. Furthermore, we sought to understand how emptiness appears in works by different artists, intending to approach it both from an East Asian perspective, particularly through the Japanese concept ma (), and also from a Western point of view. To this end, the works of artists such as Miho Kajioka, Masao Yamamoto, Jungjin Lee, John Cage, Cy Twombly and Mira Schendel were analyzed. Firstly, I relate the works of Japanese photographers Miho Kajioka and Masao Yamamoto, understanding the emptiness in their images through some compositional choices, such as highlighting colorless spaces, with large areas taken up by mist, snow and seas. Furthermore, I associate their works with the Japanese ma (), which, as we will see later, in addition to being linked to an idea of emptiness, also correlates with a perception of union between time and space, which, in their works, appears through the use of toning agents, such as teas, which gives an aged appearance to their photographs. Soon after, I present the work of South Korean photographer Jungjin Lee, analyzing her work within an older Korean landscape tradition, in which the space left blank on the surface of the paper was valued, having such a fundamental role in composition, in terms of paintings of mountains and rivers, for example. Likewise, Lees choice of handcrafted mulberry fiber sheets to print the images also speaks to the idea of emptiness. Because it has a low weight, this support has a certain transparency, which provides a delicacy in her work, in such a way that the subject portrayed seems to disappear through the porosity of the paper. Subsequently, in a second step, I analyze the perception of emptiness in the works of three Western artists, first examining the work of the American musician John Cage. In studying his trajectory, we sought to understand emptiness and its relationship with the idea of silence, present in several of the artists compositions especially in association with Zen Buddhism, a doctrine that led him to reach this perception, as we will see later. Silence in Cage appears not only as an emptying of sound, but also as an important compositional element in the construction of his musical works. Finally, we correlate the works of the North-American artist Cy Twombly and the Swiss-born Brazilian artist Mira Schendel. Even though they come from different origins, both artists incorporated emptiness into their work in a similar way, especially in relation to the unused space on the support, be it canvas or paper. As will be analyzed later, Twombly arrived at the emptiness, through experiences with Abstract Expressionism and contact with the work of the French poet Stéphane Mallarmé, while Schendel arrived at it, through contact with Brazilian concrete art, as well as her use of fine Japanese papers, which, like the mulberry papers used by Jungjin Lee, also presented a certain fragility and transparency. In summary, through the production of prints and photographs and the study of the work of these six artists, from different origins and different eras, I sought to understand how the idea of emptiness was and continues to be important in the creation of visual and sound works, in addition to analyze how it relates equally to the cultural traditions of different countries, such as Brazil, Korea, the United States and Japan.
 
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Data de Publicação
2024-05-24
 
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