A chegada da pandemia do COVID-19 trouxe importantes transformações à cena de música experimental independente na cidade de São Paulo. Durante este período, as redes sociais e tecnologias de streaming ganharam certo protagonismo nos processos de criação artística, nas redes de sociabilidade e nas formas de organização coletiva desta cena. Nesta pesquisa, realizo algumas comparações entre um antes e um durante a pandemia. Ofereço reflexões sobre a forma como esta comunidade musical adaptou-se (ou não) às novas condições de existência, bem como quais seriam seus possíveis caminhos em uma eventual condição pós-pandêmica. Como metodologia, inspiro-me na etnografia, fazendo uso da minha experiência como participante da cena, mas, sobretudo, de recursos como entrevistas e observação de espaços de relevância (Ibrasotope, AUTA, Estúdio Mitra, entre outros), séries de apresentações e festivais (Circuito de Improvisação Livre, Ouvidor Experimental, Língua Fora, Frestas Telúricas, entre outros).

The COVID-19 pandemic brought changes to the independent experimental music scene in the city of São Paulo. During this period, social networks and streaming technologies gained a certain prominence in artistic creation processes, in sociability networks and in forms of collective organization of this scene. In this research, I make some comparisons between a 'before' and a 'during' the pandemic. I offer reflections on how this musical community has adapted (or not) to the new conditions of existence, as well as what would be its possible paths in a eventual post-pandemic condition. As a methodology, I am inspired by ethnography, making use of my experience as a participant in the scene, but, above all, of resources such as interviews and observation of relevant spaces (Ibrasotope, AUTA, Estúdio Mitra, among others), series of presentations and festivals (Free Improvisation Circuit, Experimental Ombudsman, Lingua Fora, Telluric Cracks, among others).