Master's Dissertation
DOI
https://doi.org/10.11606/D.27.2020.tde-09012020-164505
Document
Author
Full name
Sarah Alencar Alves
E-mail
Institute/School/College
Knowledge Area
Date of Defense
Published
São Paulo, 2019
Supervisor
Committee
Souza, Susana Cecilia Almeida Igayara de (President)
Silva, Lilian Campesato Custódio da
Nogueira, Isabel Porto
Title in Portuguese
Mulheres que criam com vozes
Keywords in Portuguese
Canto
Gênero
Mulheres
Performance
Voz
Abstract in Portuguese
Este trabalho tem como objetivo investigar, pelo viés da pesquisa artística e à luz dos debates sobre gênero e música na musicologia, de que maneira três artistas ligadas a diferentes práticas criativo-performáticas trabalham vozes a partir de temáticas relacionadas ao corpo e gênero. Neste contexto é fundamental a perspectiva da performance, abordada neste trabalho a partir de três pontos de vista: da musicologia, que estabelece a música enquanto fazer prático e processo de significado social; dos estudos da performance, propostos por Richard Schechner; e da performatividade de gênero, trabalhada por Judith Butler. Neste âmbito, o debate sobre questões de gênero - nos contextos em que as atividades artísticas se dão - é essencial. As artistas estudadas são Jocy de Oliveira, que vem de uma tradição de música escrita contemporânea e dialoga com encenação teatral; Iara Rennó, que traz a prática da canção popular; e Flora Holderbaum, que desenvolve trabalhos na área da música experimental e eletroacústica. Partindo da perspectiva da pesquisa artística também é realizado um laboratório de criação e performance a partir de relatos e reflexões acerca do projeto O canto para o jardim de veredas, do grupo Teatro Labirinto. Em tal laboratório são experienciados e discutidos recursos e processos observados nos trabalhos das artistas e bibliografia estudadas. Nesta pesquisa como um todo foi observada a maneira com que trabalhos artísticos vocais, que se propõem a explorar o canto como expressão da singularidade, participam na reivindicação do corpo enquanto forma de organização do mundo. Dessa maneira, é subvertido o paradigma cartesiano que separa a mente - associada no discurso hegemônico patriarcal a uma ideia de masculino - do corpo - tradicionalmente associado a uma ideia de feminino.
Title in English
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Keywords in English
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Abstract in English
This work aims to investigate, through the bias of artistic research and in the light of the debates about genre and music in musicology, how three artists - linked to different creative-performance practices - work with voices from themes related to body and gender. In this context it is fundamental the perspective of the performance, approached in this work from three points of view: the musicology, that establishes the music as practice and process of social meaning; of the performance studies proposed by Richard Schechner; and of the performativity of genre, proposed by Judith Butler. In this context, the debate on gender issues - in contexts in which artistic activities take place - is essential. The studied artists are Jocy de Oliveira, who emerges from a tradition of contemporary written music and dialogues with theatrical stage; Iara Rennó, who works with the practice of popular song; and Flora Holderbaum, who develops works of experimental and electroacoustic music. On the perspective of artistic research, a laboratory of creation and performance is also developed, based on reports and reflections on the project Canto para o jardim de veredas, by the group Teatro Labirinto. In this laboratory, resources and processes observed in works of the studied artists and bibliography are experienced and discussed. In this research was observed the way in which vocal artistic works that propose the exploration of singing as expression of the singularity participate in the claim of the body as form of organization of the world. In this way, the Cartesian paradigm that separates the mind of the body is subverted, in which the mind is associated in the patriarchal hegemonic discourse with an idea of masculine and the body is traditionally associated with an idea of feminine.
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Publishing Date
2020-01-09