Esta dissertação apresenta a condução de uma revisão sistemática, delineamento de pesquisa para a síntese de evidências através de etapas pré-estabelecidas, ordenadas e sistematizadas, para verificar a eficácia da Técnica de Alexander para a dor musculoesquelética e ansiedade de performance em músicos. O século XX foi marcado pelo avanço de técnicas de neuroimagem que impulsionaram o desenvolvimento dos campos investigativos da psicologia, medicina e neurociência. Esta última área, sobretudo, estabeleceu propostas interdisciplinares com diversas linhas de pesquisa, com destaque para os processos cognitivos da aprendizagem. Por conseguinte, uma nova perspectiva de concepção e análise a respeito desses processos passa a adentrar as pesquisas relacionadas ao processamento cerebral na aprendizagem. Esse cenário pode ser identificado na área da música em que propostas interdisciplinares entre a performance musical e neurociência cognitiva passaram a compor a produção acadêmica desta área, originando as categorias da pedagogia da performance e ciência da performance. No entanto, uma análise acerca da interdisciplinaridade entre a performance musical e neurociência/psicologia revelou certos entraves metodológicos que têm se perpetuado em algumas pesquisas que propõem esse diálogo interárea, impactando seus resultados e conclusões. Deste modo, com o objetivo de identificar, avaliar e sintetizar as evidências disponíveis a partir de um tema interdisciplinar entre a performance musical e psicologia e neurociência cognitiva, foi conduzida uma revisão sistemática sobre a eficácia da Técnica de Alexander para a dor musculoesquelética e ansiedade de performance musical. Espera-se também que esse delineamento possa fornecer direcionamentos de adequação metodológica para as futuras pesquisas interdisciplinares de performance musical.

This dissertation presents a systematic review, a research framework designed to synthesize evidence through pre-established, organized, and systematic steps. The aim is to examine the effectiveness of the Alexander Technique in addressing musculoskeletal pain and performance anxiety among musicians. The 20th century witnessed significant advancements in neuroimaging techniques, propelling psychology, medicine, and neuroscience into new frontiers. Particularly, neuroscience fostered interdisciplinary approaches and diverse lines of research, emphasizing the cognitive processes of learning. Consequently, a fresh perspective on the conception and analysis of these processes emerged within studies exploring brain processing in learning. This phenomenon can be observed in the field of music, where interdisciplinary proposals merging musical performance and cognitive neuroscience have become integral to the academic production in this domain, giving rise to categories such as performance pedagogy and performance science. However, an analysis of the interplay between musical performance and neuroscience/psychology reveals certain methodological challenges that persist in some studies, impeding the reliability of their findings and conclusions. Thus, to identify, evaluate, and synthesize available evidence within the interdisciplinary theme of musical performance and psychology/neuroscience, a systematic review was conducted to investigate the effectiveness of the Alexander Technique in alleviating musculoskeletal pain and performance anxiety. It is anticipated that this framework will also provide methodological guidance for future interdisciplinary research endeavors in the field of musical performance.