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Tese de Doutorado
DOI
https://doi.org/10.11606/T.27.2017.tde-29082017-143339
Documento
Autor
Nome completo
Verônica Gonçalves Veloso
E-mail
Unidade da USP
Área do Conhecimento
Data de Defesa
Imprenta
São Paulo, 2017
Orientador
Banca examinadora
Pupo, Maria Lúcia de Souza Barros (Presidente)
Zacarias, Gabriel Ferreira
Quilici, Cassiano Sydow
Silva, Antônio Carlos de Araújo
Telesi, Silvia Fernandes da Silva
 
Título em português
Percorrer a cidade a pé: ações teatrais e performativas no contexto urbano
Palavras-chave em português
caminhar
cidade
espectador
performance
teatro performativo
Resumo em português
A presente pesquisa visa observar o modo de operar da arte contemporânea fundada no caminhar e investigar o quanto ela se faz acessível ao espectador, o quanto ela é inclusiva, relacional e horizontal. Contrariamente a um entendimento de que a arte contemporânea é de difícil acesso, nosso objetivo é relacionar a dissolução de certos estatutos da cena contemporânea com a aproximação do espectador de sua estrutura de funcionamento, a ponto de ele se tornar mais indispensável para sua realização do que o próprio artista. No primeiro capítulo, apresento esse contexto de dissolução (como linhas invisíveis do mapa), inicialmente no campo do teatro e, posteriormente, na configuração das performances, campo no qual as noções de cena, encenação e espectador já não operam. No segundo capítulo apresento o ato de caminhar em relação ao pensar e ao criar; uma prática estética e política a ser desdobrada nos três capítulos seguintes. Desse modo, do segundo ao quinto capítulo observo modalidades do caminhar: passeios, derivas, fugas, perseguições e travessias realizadas por artistas de diversas procedências (do teatro à land art, da dança à arte conceitual, da performance ao real) e, em alguns casos, por espectadores ou passantes. Todas essas ações, sobretudo as performances, resultam em outras materialidades (fotografias, vídeos, desenhos e narrativas) que são igualmente compartilhadas com espectadores ausentes do ato de sua execução. No último capítulo, trato desses rastros ou vestígios - bem como do acesso aos programas dessas ações - como um importante material para os espectadores, que conhecendo os "modos de fazer" dessas modalidades artísticas, compreendem seus "modos de usar". Assim, caminhar como prática estética configura-se como um ato de transgressão do sistema vigente, uma vez que se trata não apenas de uma ação, mas de uma atitude ao alcance de toda e qualquer pessoa. Ao ocupar o contexto urbano por sua dimensão mais baixa, o chão, o sujeito que caminha experimenta outras formas de sociabilidade e outras configurações para o real, inventando micro-poéticas do devir.
 
Título em inglês
-
Palavras-chave em inglês
city
performance
performative theater
spectator
walking
Resumo em inglês
This research aims to observe the way contemporary art founded on walking works and to investigate how much it is accessible to the public, how much it is inclusive, relational and horizontal. Contrary to an understanding that contemporary art is difficult to access, our goal is to relate the dissolution of certain contemporary scenes statutes with the spectator's approach of its functional structure, to the point that he becomes more indispensable for its accomplishment than the artist himself. In the first chapter, I present this context of dissolution (as invisible lines of the map) initially in the theater field and, posteriorly, in the configuration of the performances, a field in which the notions of scene, staging and spectator no longer operate. In the second chapter, I present the act of walking in relation to thinking and creating; an aesthetic and political practice to be deployed in the three following chapters. Thus, from the second to the fifth chapters, I observe walking modalities: strolls, drifts, escapes, persecutions and crossings by artists of different origins (from theater to land art, from dance to conceptual art, from performance to real) and, in some cases, by spectators or bystanders. All these actions, particularly the performances, result in other materialities (photographs, videos, drawings and narratives) which are equally shared with spectators absent from the act of its realization. In the last chapter, I deal with these traces or vestiges - as well as the access to the programs of these actions - as an important material for the spectators, who getting to know the "ways of doing" of these artistic modalities, understand their "ways of using". Therefore, walking as an aesthetic practice configures itself as an act of transgression of the current system, since it is not only an action, but an attitude within the reach of any person. By occupying the urban context in its lower dimension, the ground, the subject who walks experiences other forms of sociability and other settings for the real, inventing micro-poetics of devenir.
 
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Data de Publicação
2017-08-29
 
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