A informação na área da Saúde constitui um insumo de grande valia em atividades como assistência, proposição de políticas públicas e ensino. Particularmente, nesta área, acessar a informação quando, onde e da forma que se necessita representa um desafio que impacta no desenvolvimento destas atividades. Em parte, tal desafio é resultado da maneira como a informação em saúde é produzida, coletada, organizada, armazenada e acessada por meio de diferentes sistemas de informação em saúde (SIS), sobretudo em ambientes digitais. Tal desafio é potencializado pela diversidade de usuários interessados e dependentes desta informação. Usualmente, nestes SIS, a informação é armazenada de modo fragmentado, físico e lógico, demandando estratégias e recursos próprios para viabilizar a interoperação dos mesmos sistemas. Assim, dada a importância da interoperabilidade em SIS, neste trabalho, buscou-se analisar os desafios para promovê-la, tendo em vista os diferentes contextos de uso da informação em saúde, de modo assegurar condições para acesso e uso desta informação, por quem, quando, onde e na forma demandada. Trata-se de uma pesquisa de natureza exploratória, baseada em estudos da literatura e análise da interoperabilidade em dois SIS complementares, amparados na proposta da Rede Nacional de Dados em Saúde (RNDS). Como resultados, destacam-se: (1) uma síntese de aspectos para interoperabilidade em SIS, privilegiando o usuário da informação em saúde, embora os aspectos institucionais, de dados e tecnológicos também sejam fundamentais; (2) uma proposta, baseada em princípios de mediação, para aprimorar acesso a estas informações. Como conclusão, observou-se que, apesar dos diversos esforços para materializar o acesso à informação em saúde, por parte dos diferentes usuários interessados nesta, em termos de interoperabilidades sintática e semântica, também se faz necessário ter atenção a estes usuários e respectivos contextos, particularmente em projetos de abrangência nacional, como a RNDS.

Information to Health area is a resource of great value to accomplish activities such as assistance, proposition of public policies and teaching. Particularly, in this area, the information access when, where and how it is needed represents a challenge that impacts the accomplishment of those activities. In part, this challenge is a result of the way in which health information is produced, collected, organized, stored and accessed throughout different health information systems (HIS), especially in digital environments. This challenge is increased by the diversity of users interested in and dependent on this information. Usually, in these HIS, the information are stored in a fragmented (physical and logical) way, which demands particular strategies and resources to enable interoperability. Thus, based on the significance of interoperability to HIS, in this work, the challenges to make feasible the interoperability were analyzed, taking into account different usage contexts, in order to ensure conditions for access and use of this information by whom, when, where and in the form in which it is demanded. This is an exploratory research, based on literature studies and analysis of interoperability of two complementary SIS, supported by the proposal of the National Health Data Network (NHDN). As results, the following are highlighted: (1) a synthesis of aspects for interoperability in HIS, looking for the health information user, although aspects like institutional, data and technological are also essential; (2) a proposal, based on mediation principles, aiming to improve the access to this information. In conclusion, it was observed that, in spite of various efforts to achieve access to health information by different stakeholders, by means of syntactic and semantic interoperability, it is also necessary to pay attention to the users of this information and their contexts, particularly in projects of national scope, like the NHDN.