O objetivo deste estudo foi de analisar retrospectivamente as taxas de sucesso, sobrevivência e falha de implantes instalados na Faculdade de Odontologia de Bauru USP a partir de 2005. Foram incluídos neste estudo 143 pacientes que receberam tratamento por meio da instalação de implantes e posterior reabilitação protética na Faculdade de Odontologia de Bauru-USP. Os dados foram coletados dos prontuários clínicos, contendo informações relativas à identificação, gênero, idade, dados demográficos, história médica e odontológica, parâmetros clínicos periodontais, histórico de procedimentos contendo dados relativos aos implantes e próteses instaladas, acompanhamento pós-operatório, complicações e imagens radiográficas antes e depois da instalação dos implantes/próteses. Os desfechos primários do estudo foram: taxa de sucesso, sobrevivência e falha dos implantes em diferentes tempos de acompanhamento. Os desfechos secundários foram: perda óssea periimplantar, mucosite e peri-implantite. Após a análise dos dados, os implantes foram classificados em bem-sucedidos (quando todos os critérios de sucesso são atendidos), sobreviventes (quando os implantes analisados não atendem todos os critérios de sucesso) ou falhos (quando houver mobilidade clínica e radiolucidez peri-implantar ou outra condição que determine a remoção do implante). A análise estatística foi realizada por métodos descritivos, teste qui-quadrado, teste exato de Fischer e análise de regressão logística, com nível de significância de 5%. Foram analisados 505 implantes instalados em 143 pacientes com idade média de 51,69 ± 11,36 anos, sendo 57 homens e 86 mulheres. Foram perdidos no período 31 implantes (6,14%), enquanto 474 (93,86%) foram classificados como sobreviventes. Houve associação significante entre falha dos implantes e região de instalação (p=0,008), localização no arco (p= 0,04) e enxerto ósseo (p= 0,008). As complicações cirúrgicas tiveram um impacto significativo na taxa de falha (OR= 191,6; 95% CI: 65,28- 572,4; p= < 0,0001), sugerindo que a taxa de falha é pequena, estando associada à região de instalação e enxerto ósseo.

The aim of this study was to retrospectively investigate the success, survival and failure rates of osseointegrated implants at Bauru Dental School University of São Paulo (BDS-USP), from 2005 on. It were included in this study 143 patients that were treated by implant installation and implant supported oral rehabilitation at Bauru Dental School - USP. Data was collected from patients clinical records, including information on the identification, gender, age, demographic data, medical and dental history, clinical periodontal examination, treatment history informing on the implants and prosthesis installed and X-ray images. Primary outcomes were: success, survival and failure rate at the different periods of follow-up. Secondary outcomes peri-implant bone loss, mucositis and periimplantitis. After data analysis, implants were classified as success (all success criteria are fulfilled), survival (not all success criteria are fulfilled, but implants remain in function); and failure (presence of major complications leading to implant loss). Statistical analysis was performed by descriptive methods, Chi-squared test, Fischers exact test and logistic regression analysis at a 5 % significance level. Success rate was 90,09% after up to 12 years of follow up. Thirty one implants were lost (6,14%) and 474 (93,86%) survived. We found significant association among failure implants and implant site (p= 0,008), arch location (p= 0,04) and bone graft (p= 0,008). Surgical complications had significant impact on implants failure rate (OR= 191,6; 95% CI: 65,28-572,4; p= < 0,0001), being related with site of installation, arch location and bone graft.