A busca por agentes antimicrobianos na forma de enxaguatórios bucais com menos efeitos colaterais mostra-se interessante como alternativa aos enxaguatórios já existentes. Os objetivos deste trabalho foram avaliar a resposta de microrganismos orais patogênicos, também associados a doenças sistêmicas, frente a soluções contendo clorexidina, Polihexanida e dióxido de cloro, comparar os efeitos dessas soluções entre si e visualizar o efeito antimicrobiano sobre o biofilme presente na superfície de um substrato de dentina. As concentrações iniciais das soluções utilizadas foram 0,12% de clorexidina, 0,2% de Polihexanida e 0,02% de dióxido de cloro. Os microrganismos selecionados para esse estudo foram S. sanguinis, S. mutans e E. faecalis. Foram realizadas microdiluições em microplacas de 96 poços para se determinar a concentração inibitória mínima e, após, obtivemos a concentração bactericida mínima. Discos de dentina de incisivos bovinos foram confeccionados e utilizados como substrato para o crescimento de um período de 6 dias de biofilmes das três bactérias. No 7º dia, concentrações correspondentes à concentração bactericida mínima para cada bactéria foram aplicadas por 60 segundos sobre cada microrganismo. Esses discos foram corados e lidos no microscópio confocal de varredura a laser. Para análise estatística foi aplicado o teste não paramétrico de Kruskal-Wallis, seguido do teste de Dunn e adotado um nível de significância de 5% (p<0,05). Sobre o controle do biofilme do S. sanguinis, a Polihexanida e o dióxido de cloro conseguiram reduzir em quase 50% a viabilidade desse microrganismo, o que é um resultado significativo. O S. mutans foi mais destruído pelo dióxido de cloro quando comparado ao controle e à clorexidina e todas as soluções tiveram efeito antimicrobiano significativo em comparação ao controle quando testadas em E. faecalis. As três soluções estudadas apresentaram efetividade antimicrobiana contra os microrganismos selecionados, porém o dióxido de cloro foi a solução que mais se destacou, inclusive em comparação à clorexidina quando aplicado ao S. mutans.

The search for antimicrobial agents in the form of mouthwashes with fewer side effects is interesting as an alternative to existing mouthwashes. The aims of this work were to evaluate the response of oral pathogenic microorganisms, also associated with systemic diseases, against solutions containing chlorhexidine, polyexanide and chlorine dioxide, to compare the effects of these solutions with each other and to visualize the antimicrobial effect on the biofilm present on the surface of a dentin substrate. The initial concentrations of the solutions used were 0.12% chlorhexidine, 0.2% polyiexanide and 0.02% chlorine dioxide. The microorganisms selected for this study were S. sanguinis, S. mutans and E. faecalis. Microdilutions were performed in 96-well microplates to determine the minimum inhibitory concentration and, after, we obtained the minimum bactericidal concentration. Dentin discs from bovine incisors were prepare and used as substrate for the growth 6 days biofilms of the three bacteria. On the 7th day, concentrations corresponding to the minimum bactericidal concentration for each bacterium were applied for 60 seconds on each microorganism. These discs were stained and read in the laser scanning confocal microscope. For statistical analysis the Kruskal-Wallis followed by the Dunn non-parametric tests were applied, a significance level of 5% (p <0.05) was adopted. Regarding the control of the S. sanguinis biofilm, polyiexanide and chlorine dioxide managed to reduce the viability of this microorganism by almost 50%, which is a significant result. S. mutans was killed by chlorine dioxide when compared to the control and chlorhexidine and all solutions had a significant antimicrobial effect compared to the control when tested in E. faecalis. The three studied solutions showed antimicrobial effectiveness against the selected microorganisms, however chlorine dioxide was the solution that stood out, even when compared to chlorhexidine when applied to S. mutans.