Benign fibro-osseous lesions (BFOL) affect the gnathic bones and cause the replacement of healthy bone tissue by fibrous tissue. The study includes fibrous dysplasia (FD), florid, focal, and periapical cemento-osseous dysplasia (COD), cemento-ossifying fibroma (COF), and psammomatoid ossifying fibroma (POF) and proposed to describe the clinical and radiographic aspects of diagnosed BFOL at the Stomatology Service of the FOB-USP and to evaluate the level of correct diagnosis of dental professionals in the evaluation in imaging exams (panoramic radiography, PR and cone-beam computed tomography, CBCT). Cases of BFOLs were selected in the period between 1980 and 2018 that had information to confirm the diagnosis (anatomopathological examination for FD, COF and POF, and clinical data and imaging exams for COD). Summarization of demographic and clinical data was performed. The analysis in PR and CBCT was performed by 2 evaluators independently. We presented imaging exams of BFOL (FD, florid and focal COD, and COF) and their main differential diagnosis to 10 general practitioners, 10 radiologists, 10 endodontists and 10 orthodontists, individually. There was a meeting for evaluation in PR and a second meeting, after at least two days, for evaluation in CBCT. With each exam shown, the evaluator formulated a diagnostic hypothesis. Statistical analyzes sought to assess the level of correctness diagnosis of BFOLs between dental specialties and for both examination modalities. Eighty-five LFOBs were diagnosed within the defined period and met the inclusion criteria. COD was the most frequent (n=46; 54.1%), followed by FD (n=21; 24.7%), COF (n=15; 17.6%), and POF (n=3; 3 .6%), respectively. There was a predilection for women (n=62; 72.9%; p<0.001) and self-declared white people (n=50; 68.9%). The mean age was 36.0 ± 16.3 years (p<0.001). Symptoms such as pain and swelling were reported in just over 40% of cases, mainly in FD, COF, and COD florida. We evaluated 85 cases in PR and 22 in CBCT. In PR, there was a predominance of well-defined periphery, diffuse borders, irregular shape, and mixed internal aspects (p<0.001). Effects on adjacent structures varied statistically significantly between lesions. The CBCT evaluation showed a predominance of non-corticalized borders and root resorption in one case of PeCOD, which had not been observed in PR. Florid and focal COD (p=<0.001) were the most recognized lesions in the evaluation, regardless of the dental specialty. Radiologists, followed by general practitioners, were correct in the highest number of correct diagnoses (p=<0.001). There was no statistically significant difference in the number of correct diagnoses in PR and CBCT in the total evaluations. Clinical and radiographic data corroborate the literature and were variable among BFOL. Professionals must know them, as the path to diagnosis, treatment and follow-up differs between BFOL. General practitioners and specialists should be aware of imaging examination reports since radiologists have shown to be more familiar with the radiographic aspects of this group of lesions.

As lesões fibro-ósseas benignas (LFOBs) acometem os ossos gnáticos, e levam a substituição de tecido ósseo sadio por tecido fibroso. O estudo abordou a displasia fibrosa (DF), a displasia cemento-óssea (DCO) florida, focal e periapical, o fibroma cemento-ossificante (FCO) e fibroma ossificante psamomatoide (FOP) e propôs descrever os aspectos clínicos e radiográficos das LFOBs diagnosticadas na Clínica de Estomatologia da FOB-USP e avaliar o nível de concordância diagnóstica obtida por clínicos gerais e diferentes especialidades a partir de exames de imagem (radiografia panorâmica, RP e tomografia computadorizada de feixe cônico, TCFC). Foram selecionados casos de BFOLs no período entre 1980 e 2018 que dispunham de informações para confirmar o diagnóstico (exame anatomopatológico para DF, FCO e FOP, e dados clínicos e exames de imagens para DCO). Foi feita sumarização dos dados demográficos e clínicos. A análise em RP e TCFC foi feita por 2 avaliadores de maneira independente. Para avaliação da concordância diagnóstica, imagens de LFOBs (DF, DCO florida e focal, e FCO) e seus principais diagnósticos diferenciais foram apresentadas a 10 clínicos gerais, 10 radiologistas, 10 endodontistas e 10 ortodontistas, individualmente. Houve um encontro para avaliação em PR e um segundo encontro, após no mínimo dois dias, para avaliação em TCFC. Acada exame mostrado, o avaliador fornecia o diagnóstico presuntivo. As análises estatísticas buscaram avaliar o nível de acertos no diagnóstico de BFOLs entre as especialidades odontológicas e para as duas modalidades de exame. Oitenta e cinco LFOBs foram diagnosticadas no período delimitado e atenderam aos critérios de inclusão. A DCO foi a mais frequente (n=46; 54,1%), seguida da DF (n=21; 24,7%), FCO (n=15; 17,6%) e FOP (n=3; 3,6%), respectivamente. Observou-se predileção pelo sexo feminino (n=62; 72,9%; p<0.001) e pessoas autodeclaradas brancas (n=50; 68.9%). A média de idade foi de 36.0 ± 16.3 anos (p<0.001). Sintomas como dor e inchaço foram relatos em pouco mais de 40% dos casos, principalmente em DF, FCO e DCO florida. Foi feita a avaliação de 85 casos em RP e de 22 na TCFC. Na RP, houve predominância de periferia bem definida, bordas difusas, formato irregular e aspecto interno misto (p<0.001). Efeitos nas estruturas adjacentes variaram de maneira estatisticamente significativa entre as lesões. A avaliação em TCFC apontou predominância de bordas não corticalizadas e reabsorção radicular em um caso de DCOPe, que na PR não tinha sido observada. A DCO florida e focal (p=<0.001) foram as lesões mais reconhecidas na avaliação, independente da especialidade odontológica. Os radiologistas, seguidos clínicos gerais acertaram o maior número de diagnósticos presuntivos (p=<0.001). Não houve diferença estatisticamente significativa no número de acertos em RP e TCFC no total de avaliações. Os dados clínicos e radiográficos corroboram com a literatura e foram variáveis entre as LFOB. Eles devem ser conhecidos por profissionais, visto que, o caminho para o diagnóstico, o tratamento e proservação difere entre as LFOBs. Clínicos gerais e especialistas devem estar atentos a laudos de exames de imagem, visto que, os radiologistas demostraram ter maior familiaridade com os aspectos radiográficos deste grupo de lesões.