A correct surface treatment protocol for ceramics is a very important step in the cementation process and it may influence the final bond strength performance. In these two studies, the aim was to evaluate the influence of simplified silica-based ceramic surface treatments on the shear bond strength with resin cements. Zirconium-reinforced lithium silicate and lithium disilicate slices were obtained and submitted to different surface treatments protocols. Hydrofluoric acid (HF) and ammonium polyfluoride (MBEP) were used in both studies for topographic surface alteration and then combined with different adhesive materials and protocols for a possible potentialization of the final bond strength. One of the studies used thermocycling before the microshear bond strength (SBS) evaluation. Failure mode was analyzed with a stereoscopic loupe. In the first study, groups that used HF and MBEP resulted in a significantly higher SBS than did the group without any treatment. There were significant differences in SBS values between groups of different resin cements for HF-etched and silane or MBEP and resin cement (regardless of adhesive application) to ceramic surfaces. In the second study, the main focus were the utilization or not of an extra adhesive layer after silane application and there were not found differences with the use or not of this extra clinical step. Ammonium polyfluoride (MBEP) seems to be stable and comparable to the conventional protocol with hydrofluoric acid and silane on a ceramic surface based of zirconium-reinforced lithium silicate and the application or not of an extra adhesives layer did not influence positive or negatively the final bond strength between a light cured resin cement and the silica-based ceramic surface.

O correto protocolo de tratamento de superfície de cerâmicas é uma etapa muito importante no processo de cimentação e pode influenciar na resistência de união final. Nestes dois estudos, o objetivo foi avaliar a influência de diferentes tratamentos de superfície realizados em cerâmicas a base de sílica. Cortes de silicato de lítio reforçado com zircônia e dissilicato de lítio foram obtidos e submetidos a diferentes protocolos de alteração de superfície. O ácido fluorídrico (HF) e o polifluoreto de amônio (MBEP) foram utilizados em ambos os estudos para alteração topográfica da superfície e posteriormente utilizou-se diferentes materiais adesivos e protocolos para uma possível potencialização da resistência de união final. Um dos estudos usou a termociclagem para envelhecimento dos espécimes antes da avaliação da resistência de união por micro-cisalhamento (SBS). O modo de falha foi analisado com uma lupa estereoscópica. No primeiro estudo, os grupos que utilizaram HF e MBEP resultaram em um SBS significativamente maior do que o grupo sem nenhum tratamento. Houve diferenças significativas nos valores de SBS entre grupos de diferentes cimentos resinosos para condicionamento com HF e silano ou MBEP e cimento resinoso (independentemente da aplicação do adesivo ou não) em superfícies cerâmicas. No segundo estudo, o foco principal foi a utilização ou não de uma camada de adesivo extra após a aplicação do silano e não foram encontradas diferenças com o uso ou não deste passo clínico. O polifluoreto de amônio (MBEP) parece ser estável e comparável ao protocolo convencional com ácido fluorídrico e silano em uma superfície de cerâmica à base de silicato de lítio reforçado com zircônio e a aplicação ou não de uma camada adesiva extra não influenciou positiva ou negativamente na resistência de união final entre um cimento resinoso fotopolimerizável e a superfície de cerâmica à base de sílica.