O intuito do presente estudo foi avaliar o efeito de laminados cerâmicos de dissilicato de lítio e cimentos resinosos com cor para mascarar diferentes substratos e a compatibilidade de cor das pastas try-in. Foram produzidos 120 laminados cerâmicos de dissilicato de lítio na cor B1 com 0,5 mm de espessura em três diferentes níveis de translucidez: HT, MT e LT (Emax CAD Ivoclar); cimentados com cimento resinoso (Allcem Veneer FGM) nas cores Opaque White (OW) e Trans (TRANS), com espessura de cimentação de 100 micrômetros, em substratos de resina composta (Opallis FGM) de 3mm (1mm esmalte e 2mm dentina), com saturações opostas: A1 e A4, totalizando 12 grupos (n=10). Os espécimes foram submetidos à análise de cor por meio de um espectrofotômetro e as leituras feitas em oito diferentes tipos: laminados, substratos, prova seca, prova úmida, try-in, cimento resinoso não polimerizado, polimerizado imediato (T0) e polimerizado após 24 horas (T24). A partir dessas leituras foram obtidos os valores L*, a* e b* de reflectância, calculada a diferença de cor (E00) e o parâmetro de translucidez (PT). Para interpretação foram utilizados limites de perceptibilidade (LP) e aceitabilidade (LA) de diferença de cor sendo E00 = 0.8 o LP e E00 = 1.8 o LA. As diferenças de cores entre a pasta try-in e o cimento polimerizado em T0 e T24; e do cimento resinoso polimerizado imediato (T0) e após 24 horas (T24) mantiveram abaixo do LA e analisadas pelo teste de Kruskal Wallis não foram encontradas diferenças estatisticamente significativas (p>0.05). Os valores de E00 obtidos entre as cores de cimento resinoso nas cerâmicas HT e MT mantiveram acima do LA e nas LT abaixo do LA e acima do LP, e analisados por ANOVA não foram encontradas diferenças entre eles (p>0.05). Na comparação de cor entre os substratos (A1 e A4) os valores de E00 mantiveram acima do LA, com uma menor diferença na cerâmica LT, comprovada pelo teste de Kruskal Wallis (p=0.000) e Dunn. Para os valores de E00 obtidos da diferença entre a prova úmida com a cor final da restauração, foi realizado teste de Kruskall Wallis e Dunn, que identificaram diferenças (p=0.0001) entre HTTRANS e HTOW em T0, HTOW em T0 com todos os grupos de LT e HTOW em T24 e LTTRANS e LTOW em T0 no substrato de cor A1 e diferenças entre os grupos (p=0.000) HTOW em T0 e T24 e LTOW em T0 no substrato de cor A4. No parâmetro de translucidez (PT) foi realizado o teste de Mann-Whitney. Para o substrato A1, existiu diferença entre os grupos (p=0.0028) onde HT-TRANS se apresenta com maior translucidez, e no substrato A4 o teste não apontou diferença entre os grupos (p>0.05). Pode-se concluir que as cores das pastas try-in são fiéis aos seus cimentos polimerizados e que existe estabilidade de cor da restauração nas primeiras 24 horas. A cor do substrato é a principal variável na translucidez da restauração com laminados ultrafinos e a translucidez da cerâmica é o fator chave na capacidade de mascaramento de diferentes cores de substratos.

The aim of this study was to evaluate the effect of lithium disilicate ceramic laminate veneers and different luting cement shades on masking ability of different dental substrates and color compatibility of try-in pastes. Lithium disilicate laminate veneers (n=120) in color B1 with 0.5 mm thickness were produced at three different levels of translucency: HT, MT and LT (Emax CAD Ivoclar); bonded with resin cement (Allcem Veneer FGM) in Opaque White (OW) and Trans shades, with cement thickness of 100 micrometers, on composite resin substrates (Opallis FGM) 3mm thick (1mm enamel and 2mm dentin), produced with A1 and A4, totalizing 12 groups (n=10). The color analysis was performed with a spectrophotometer and readings were taken at eight different times: laminates alone, substrates alone, dry try on, wet try on, try-in, not cured cement, cured immediately (T0) and cured after 24 hours (T24). The reflectance values L*, a* and b* were obtained and the color difference (E00) and translucency parameter (PT) were calculated. To analyze the results, the color difference perceptibility (LP) and acceptability (LA) limits were used, with E00 = 0.8 the LP and E00 = 1.8 the LA. The color differences between the try-in paste and the cement cured in T0 and T24; and the resin cement cured immediately (T0) and after 24 hours (T24) kept below the LA and were analyzed by the Kruskal Wallis test where no statistically significant differences were found between groups (p>0.05). The E00 values obtained from the difference between resin cement colors, in the HT and MT ceramics kept above the LA and in the LT below the LA and above the LP, and was analyzed by the ANOVA test, where no differences were found between them (p>0.05). When comparing the color between the two substrates (A1 and A4), all E00 values kept above the LA, but this difference was smaller in the LT ceramic, statistically confirmed by the Kruskal Wallis test (p=0.000) and Dunn's. The values of E00 obtained from the difference between the wet try on and the final shade of the restoration were performed using the Kruskall Wallis and Dunn's, which identified differences (p=0.0001) between HTTRANS and HTOW at T0, HTOW in T0 with all groups of LT and HTOW in T24 and LTTRANS and LTOW in T0 in the A1 color substrate and differences between groups (p=0.000) HTOW in T0 and T24 and LTOW in T0 on A4 color substrate. In the translucency parameter (PT) the Mann-Whitney test was performed. For the A1 substrate, there was a statistically significant difference between the groups (p=0.0028) where HT-TRANS was more translucent, and for the A4 substrate the test showed no statistical difference between the groups (p>0.05). It can be concluded that the colors of the try-in pastes are faithful to the respective cured cements and there is color stability of the restoration in the first 24 hours. Dental substrate color is the main variable in the translucency of the restoration with ultraconservative laminate veneers and ceramic translucency is the key factor in the masking ability of different substrate shades.