Tesis Doctoral
DOI
https://doi.org/10.11606/T.23.2022.tde-31012023-100238
Documento
Autor
Nombre completo
Natalia Caroline Aguiar Tartaroti
Dirección Electrónica
Instituto/Escuela/Facultad
Área de Conocimiento
Fecha de Defensa
Publicación
São Paulo, 2022
Director
Tribunal
Homem, Maria da Graça Naclerio (Presidente)
Brozoski, Mariana Aparecida
Deboni, Maria Cristina Zindel
Marques, Marcia Martins
Título en portugués
Avaliação do potencial osteogênico da SAOS-2 crescidas sobre superfícies de titânio modificadas por diferentes tipos de tratamentos para peri-implantite
Palabras clave en portugués
Implantoplastia
Jateamento
Laser
Osteoblasto
Peri-implantite
Superfície de titânio
Resumen en portugués
A popularização da reabilitação oral com implantes de titânio (Ti) coincide com o aumento da incidência de peri-implantite, o que tem preocupado a comunidade odontológica. A peri-implantite é um processo inflamatório que afeta todos os tecidos em torno do implante de Ti e resulta na perda de osso de suporte. Quando não adequadamente tratada, a doença pode evoluir até a perda do implante, impactando negativamente a qualidade de vida do paciente. Diversas opções cirúrgicas e/ou não cirúrgicas estão descritas na literatura, entre elas a implantoplastia (Imp), o jateamento com pós abrasivo (Pó) e a laserterapia (Laser). Entretanto, não há consenso sobre qual tratamento é o mais adequado e não há dados sobre o impacto destes nas superfícies do Ti, assim como os seus efeitos nas células envolvidas no processo de osseointegração. Nesse contexto, o objetivo deste estudo foi avaliar os efeitos de diferentes tratamentos na superfície do Ti, e na diferenciação osteoblástica de células da linhagem SAOS-2 crescidas sobre essas superfícies. Para tanto, discos de Ti (2 x 6 mm) comercialmente disponíveis com superfícies modificadas por adição de nano-hidroxiapatita (NANO) ou duplo ataque ácido (DAA), foram submetidos ao tratamento por plastia por brocas (implantoplastia), plastia por pó abrasivo (jateamento) e plastia por laser. Como controle foram utilizados discos NANO ou DAA sem tratamento. A topografia das superfícies foi avaliada por microscopia eletrônica de varredura (MEV). Após 24 e 72 horas de cultura, a adesão e morfologia celulares foram avaliadas por MEV; aos 1, 3 e 5 dias a viabilidade celular foi avaliada por MTT. A diferenciação celular foi avaliada pela atividade da fosfatase alcalina (ALP) aos 7, 10 e 12 dias e a produção de matriz óssea mineralizada aos 12 e 15 dias. Os dados foram comparados por teste t e ANOVA com um ou dois fatores seguido do Student-Newman Keus, quando necessário, e o nível de significância adotado foi de 5%. As superfícies do Ti foram modificadas na dependência do tratamento; contudo a morfologia celular foi semelhante, com células espraiadas em formato poligonal e diversos filipódeos. A superfície NANO não apresentou diferença estatisticamente significativa entre os tratamentos para proliferação celular (p=0,384) assim como não houve diferença na interação grupo-tempo (p=0,156) e a produção de matriz mineralizada (p=0,444) em todos os tempos experimentais; por outro lado, a atividade de ALP apresentou diferenças estatisticamente significativas entre os grupos, tempos e na interação grupo-tempo (p < 0,001, p < 0,001 e p= 0,017, respectivamente). A proliferação celular de células crescidas na superfície DAA apresentou diferenças estatisticamente significativas entre os grupos, tempo e na interação grupo-tempo (p < 0,001, para todas as dependências avaliadas); a atividade de ALP apresentou diferenças estatisticamente significativas entre os grupos e entre os tempos (p= 0,002 e p <0,001, respectivamente) e produção de matriz mineralizada apresentou diferenças estatisticamente significantes entre os grupos, tempo e na interação tempo-grupo (p= 0,042, p= 0,002 e p= 0,001, respectivamente). Nossos resultados indicam que os tratamentos da peri-implantite modificam a superfície dos discos de Ti, mas mantêm a viabilidade e proliferação e o potencial de diferenciação celular. Ainda, a superfície DAA Laser se comporta de forma mais favorável frente aos tratamentos sofridos, apresentando maior atividade de ALP (p=002) e produção de matriz mineralizada (p=0,027) quando comparado a superfície NANO Laser.
Título en inglés
Evaluation of the osteogenic potential of SAOS-2 grown on titanium surfaces modified by different types of treatments for peri-implantitis
Palabras clave en inglés
Blasting
Implantoplasty
Laser
Osteoblast
Peri-implantitis
Titanium surface
Resumen en inglés
The popularization of oral rehabilitation with titanium (Ti) implants coincides with the increase in the incidence of peri-implantitis, which has worried the dental community. Peri-implantitis is an inflammatory process that affects all tissues around the Ti implant and results in loss of supporting bone. When not properly treated, the disease can progress to the loss of the implant, impacting the patient's quality of life. Several surgical and non-surgical options are described in the literature, including implantoplasty, blasting with abrasive powder and laser therapy. However, there are no consensus on which treatment is the most appropriate and there are no data on their impact on Ti surfaces, as well as their effects on cells involved in the osseointegration process. In this context, the aim of this study was to evaluate the effects of different treatments on the Ti surface, and on the osteoblastic differentiation of cells of SAOS-2 lineage grown on these surfaces. For this, commercially available Ti disks (2 x 6 mm) with surfaces modified by the addition of nano-hydroxyapatite (NANO) or double acid etching (DAA) were submitted to treatment by drill plasty (implantoplasty), abrasive powder plasty (blasting) and laser plasty. As control, untreated NANO or DAA disks were used. The surface topography was evaluated by scanning electron microscopy (SEM). After 24 and 72 hours of culture, cell adhesion and morphology were evaluated by SEM; at 1, 3 and 5 days cell viability was assessed by MTT. Cell differentiation was evaluated by alkaline phosphatase (ALP) activity at 7, 10 and 12 days and mineralized bone matrix production at 12 and 15 days. Data were compared by t test and ANOVA with one or two factors followed by Student-Newman Keus, when necessary, and the significance level adopted was 5%. The cell morphology was similar, with cells spread out in a polygonal shape and several filipods. The NANO surface showed no statistically significant difference between treatments for cell proliferation (p=0.384) and there was no difference in group-time interaction (p=0.156) and mineralized matrix production (p=0.444) at all experimental times; on the other hand, ALP activity showed statistically significant differences between groups, times and in the group-time interaction (p < 0.001, p < 0.001 and p= 0.017, respectively). Cell proliferation of cells grown on the DAA surface showed statistically significant differences between groups, time and in the group-time interaction (p < 0.001, for all dependencies evaluated); ALP activity showed statistically significant differences between groups and between times (p= 0.002 and p <0.001, respectively) and mineralized matrix production showed statistically significant differences between groups, time and in the time-group interaction (p= 0.042, p=0.002 and p=0.001, respectively). Our results indicate that peri-implantitis treatments modify the surface of Ti disks, but maintain viability and proliferation and the potential for cell differentiation. Also, the DAA Laser surface behaves more favorably in the face of the treatments, showing higher ALP activity (p=002) and mineralized matrix production (p=0.027) when compared to the NANO Laser surface.
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Fecha de Publicación
2023-03-13