Apresentamos uma revisão sistemática que, por meio da síntese dos resultados de estudos clínicos, buscou avaliar se o sistema híbrido de fixação da osteotomia sagital do ramo mandibular em cirurgias ortognáticas oferece adequada estabilidade esquelética pós-operatória. A presente revisão sistemática foi elaborada em acordo com as orientações PRISMA, e registrada no PROSPERO sob o número: CRD42022331540. Dois pesquisadores independentes realizaram a busca por evidências nas bases de dados MEDLINE/PubMed, Web of Science, Embase, LILACS, Scopus, Cochrane, literatura cinza e busca manual. Com o objetivo de responder à pergunta focal: Os pacientes que realizaram a cirurgia ortognática com utilização da osteotomia sagital do ramo mandibular fixadas por meio do sistema híbrido, comparando ou não com outros sistemas de fixação, obtiveram satisfatória estabilidade mandibular pós-operatória?. Foram considerados elegíveis para a presente revisão: estudos completos, realizados em humanos, de indivíduos que foram submetidos à cirurgia ortognática com utilização da osteotomia sagital do ramo mandibular e fixação por meio da técnica híbrida com materiais não absorvíveis. Estudos que foram realizados in vitro, estudos que utilizaram outras osteotomias mandibulares e que utilizaram outros sistemas de fixação da osteotomia sagital do ramo mandibular foram excluídos. Nossa estratégia de busca contemplou 225 trabalhos. Ao final, foram incluídos quatro estudos em nossa revisão. Realizamos a síntese dos dados obtidos em cada estudo incluído, considerando as características metodológicas, das intervenções e métodos de avaliação, além dos principais desfechos quanto à estabilidade pós-operatória dos indivíduos. Todos os estudos incluídos nesta revisão creditaram estabilidade pós-operatória ao sistema híbrido de fixação da osteotomia sagital do ramo mandibular. Verificamos que existe uma relação positiva da estabilidade pós-operatória e da fixação híbrida na abordagem das assimetrias mandibulares. Constatamos diferenças metodológicas nos estudos incluídos, principalmente no que tange à avaliação dos resultados das cirurgias, além de baixo número de indivíduos estudados. Com base em nossa revisão, concordamos que o método híbrido da fixação da osteotomia sagital do ramo mandibular oferece estabilidade pós-operatória em cirurgias ortognáticas, mas ainda notamos a necessidade do desenvolvimento de ensaios clínicos e ensaios clínicos randomizados, com padronização metodológica, comparando a técnica híbrida com outros métodos de fixação.

This systematic review attempted to assess whether the hybrid fixation system for bilateral sagittal split ramus osteotomy in orthognathic surgery provides adequate long-term stability by summarizing the results of clinical studies. This systematic review was prepared according to the PRISMA guidelines and registered in PROSPERO under the number: CRD42022331540. Evidence searches were performed by two independent investigators in MEDLINE/PubMed, Web of Science, Embase, LILACS, Scopus, Cochrane databases, gray literature, and manual search to verify if patients who have undergone orthognathic surgery with bilateral sagittal split ramus osteotomy fixed with the hybrid system, achieve satisfactory mandibular long-term stability, regardless of comparisons between other fixation systems. Eligible for this review were In vivo human studies conducted on subjects who had undergone orthognathic surgery using bilateral sagittal split ramus osteotomy and fixation using the hybrid technique with non-absorbable materials. Studies performed in vitro, studies using other mandibular osteotomies, and studies using other fixation systems for bilateral sagittal split ramus osteotomy were excluded from this review. Our research strategy included 225 studies, from which four were selected to be included in this review alongside with their synthesized data, taking into account the methodological characteristics, interventions, and assessment methods, as well as the key findings related to the long-term stability of the subjects. All studies included in this review attributed the long-term stability to the hybrid fixation system of the bilateral sagittal split ramus osteotomy. Our findings indicate a positive relationship between long-term stability and hybrid fixation when accessing mandibular asymmetries. We found methodological differences in the included studies, particularly in relation to the assessment of surgical outcomes, as well as a small number of studied participants. Based on our review, we agree that the hybrid method of bilateral sagittal split ramus osteotomy fixation provides postoperative long-term stability in orthognathic surgeries although we still note the need for development of randomized clinical trials and clinical trials with methodological standardization, evaluating the hybrid technique with other fixation methods.