Nesta pesquisa in vitro verificou-se a possibilidade de remoção do manchamento causado por café ou vinho tinto em cinco resinas compostas disponíveis comercialmente, após serem submetidas ao processo de envelhecimento. Trinta e seis espécimes de cada resina composta foram confeccionados em uma matriz de teflon, com 10 mm de diâmetro e 1,5 mm de espessura. Os espécimes foram mantidos em água destilada a 37ºC por 24 horas e, em seguida, polidos com irrigação na politriz (Ecomet Buehler USA) nas duas superfícies, com lixa de carbureto de silício com granulação de número 600, até atingirem a espessura de 1,3 ±0,01 mm. Após o polimento, a cor dos espécimes foi aferida com espectrofotômetro Cintra 10 UV (Visible Spectrometer, GBC, Austrália). Todos os espécimes foram submetidos à ciclagem térmica com temperaturas de 5 e 55ºC, com tempo de imersão de 1 minuto, por 1000 ciclos em solução de 75% álcool-água. Após a ciclagem térmica, os espécimes foram mantidos imersos em água destilada a 37ºC até completar o período de 7 dias da confecção das amostras. Após esse período, todos os espécimes foram levados ao espectrofotômetro para leitura da cor. Os espécimes foram divididos em três grupos, cada um com n=12, de acordo com as soluções em que foram imersos: água destilada (controle), café e vinho tinto. Para que o processo de manchamento acontecesse em uma única superfície do espécime, uma das faces e a superfície lateral do espécime foram isoladas com cera branca. Os espécimes foram imersos nas diferentes soluções e mantidos a 37ºC por 14 dias. Após o período de manchamento, a cera foi removida e a superfície submetida ao manchamento passou por escovação com escova elétrica (Escova Elétrica Braun Oral-B Procter & Gamble do Brasil S.A., Manaus, Brasil) por 30 segundos com pressão leve. Os espécimes foram secos com papel absorvente e novamente levados ao espectrofotômetro para medição da cor. Em seguida, os espécimes foram submetidos a três desgastes de 20 m e a cor foi aferida após cada um dos desgastes. O cálculo da diferença de cor foi realizado através da fórmula CIEDE2000. De acordo com a metodologia utilizada neste estudo, concluiuse que o manchamento provocado por café e vinho tinto nos compósitos avaliados foi superficial e um desgaste de 20 m foi suficiente para remoção de tal manchamento.

This in vitro research verified the possible elimination of staining caused by coffee and red wine in five commercial composite resins, after being submitted to thermal cycling. Thirty six specimens were prepared in a teflon mold with 10 mm in diameter and 1.5 mm thick. The specimens were immersed in water at 37ºC for 24 h and polished (Ecomet Buehler - USA) in both surfaces with a # 600 grit silicon carbide paper until achieve 1.3 ±0.01 mm thickness. After polishing, specimens color was measured in a spectrophotometer Cintra 10 UV (Visible Spectrometer, GBC, Austrália). All specimens were submitted to thermal cycling with temperatures of 5 and 55ºC with a dwell time of 1 minute, for 1000 cycles in a 75% ethanol/water solution. After thermal cycling the specimens were immersed in water at 37ºC until complete 7 days from the preparation of the specimens. All the specimens were then taken into spectrophotometer for measuring the color. The specimens were divided into 3 groups (n=12): distilled water (control), coffee and red wine. For the purpose of the staining process to occur in only one surface, all the side and one of the surfaces were isolated with white wax. The specimens were immersed in one of the solutions at 37ºC for 14 days. After the staining period, the wax was removed and the specimens were brushed with electric toothbrush (Braun Oral-B, Procter & Gamble do Brasil S.A., Manaus, Brasil) for 30 seconds with a slight pressure. The specimens were dry with a tissue paper and were taken to spectrophotometer for measuring the color. Following, the specimens were submitted to three wears of 20 m and the color was measured after each one of the wears. The calculation of the color difference was made through CIEDE2000 formula. According to the methodology used in this research, it was concluded that the staining caused by coffee and red wine was superficial and one wear of 20 m was enough for removing the discoloration.