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Thèse de Doctorat
DOI
https://doi.org/10.11606/T.22.2023.tde-12072023-100135
Document
Auteur
Nom complet
Ellen Cristina Gondim
Adresse Mail
Unité de l'USP
Domain de Connaissance
Date de Soutenance
Editeur
Ribeirão Preto, 2023
Directeur
Jury
Mello, Débora Falleiros de (Président)
Costa, Priscila
Furtado, Maria Cândida de Carvalho
Scorzafave, Luiz Guilherme Dacar da Silva
Titre en portugais
Desenvolvimento infantil e estresse parental materno: repercussões da pandemia da COVID-19
Mots-clés en portugais
COVID-19
Cuidado da criança
Desenvolvimento infantil
Estresse
Mães
Resumé en portugais
A busca pelo desenvolvimento infantil integral e saudável nos primeiros anos de vida deve ser pautada no alcance das potencialidades da criança, subsidiadas pela oferta de cuidados adequados, afeto e ambientes que sejam seguros e com estímulos apropriados. As práticas parentais positivas são fundamentais para amparar o desenvolvimento afetivo, cognitivo e social das crianças em diferentes dimensões. O acompanhamento do crescimento e desenvolvimento da criança e das práticas parentais merece destaque quando aventada a hipótese de impactos e prejuízos nas relações intrafamiliares e no desenvolvimento infantil na ocorrência de um fator mediador, como as circunstâncias da pandemia da COVID-19, enfermidade que teve repercussões no cenário mundial e nas dinâmicas familiares. O objetivo do estudo foi analisar o efeito da pandemia da COVID-19 nos níveis de estresse parental materno, em busca de subsídios à promoção do desenvolvimento infantil. Trata-se de estudo de coorte, desenvolvido em cinco etapas (último trimestre da gestação, primeiro mês, entre terceiro e quarto mês e aos 12 meses, por meio de visitas domiciliares, e no período de junho-julho de 2020 na pandemia, por meio de ligações telefônicas), com entrevistas com as mesmas participantes/mães, de áreas de unidades com Estratégia Saúde da Família, de um distrito de saúde de município brasileiro. Nas análises dos dados de 84 participantes, foi estimado o modelo de regressão linear simples por Mínimos Quadrados Ordinários (MQO). Os resultados apontam que participantes entre 26 e 35 anos tendem a apresentar aumento do estresse ou as acima de 36 anos na pandemia, quando comparadas às participantes entre 18 e 25 anos; as com ensino médio ou ensino superior tendem a apresentar aumento do estresse na pandemia em relação às com ensino fundamental; as que possuem companheiro apresentaram diminuição do estresse na pandemia quando comparado ao período anterior; as que apresentam o costume de realizar leituras de estórias infantis para a criança tendem a apresentar diminuição do estresse na pandemia em comparação às que não realizaram; mães com crianças que alcançaram resultados satisfatórios no domínio pessoal/social do ASQ-3-BR apresentaram redução do estresse em comparação às com crianças que não atingiram os escores esperados para a idade. Aos 12 meses da criança, a maioria estava frequentando creche, seguida da opção materna de parar de trabalhar para cuidar da criança; na pandemia, houve mudanças de rotinas e as crianças passaram a ficar em domicílio, e os auxílios de cuidado por parentes ou conhecidos ficaram reduzidos pela necessidade das medidas sanitárias de distanciamento físico. Os resultados sugerem que a pandemia da COVID-19 teve efeito no estresse parental materno, especialmente quando controladas as variáveis de identificação materna, ter companheiro, aspectos econômicos (trabalho), estímulos e preocupações maternas e aspectos do desenvolvimento da criança. Quanto maior o valor do escore de estresse parental materno aos 12 meses da criança, maior o valor do escore de estresse parental materno encontrado no primeiro ano da pandemia da COVID-19, sugerindo, portanto, uma correlação positiva entre as variáveis analisadas. Diante da relevância e das implicações ao desenvolvimento das crianças, a pandemia da COVID-19 trouxe impasses e intensificou os desafios para as práticas parentais.
Titre en anglais
Child development and maternal parental stress: repercussions of the COVID-19 pandemic
Mots-clés en anglais
Child care
Child development
COVID-19
Mothers
Stress
Resumé en anglais
The search for integral and healthy child development in the first years of life must be guided by the achievement of the child's potential, subsidized by the provision of adequate care, affection and environments that are safe and with appropriate stimuli. Positive parenting practices are essential to support children's affective, cognitive and social development in different dimensions. The monitoring of the child's growth and development and parenting practices deserves to be highlighted when considering the hypothesis of impacts and losses in intra-family relationships and in child development in the event of a mediating factor, such as the circumstances of the COVID-19 pandemic, an illness that had repercussions in the world scenario and in family dynamics. The objective of the study was to analyze the effect of the COVID-19 pandemic on maternal parental stress levels, in search of subsidies to promote child development. This is a cohort study, developed in five stages (last trimester of pregnancy, first month, between third and fourth month and at 12 months, through home visits, and in the period from June -July 2020 in the pandemic, through telephone calls), with interviews with the same participants/mothers, from areas of units with the Family Health Strategy, from a health district of a Brazilian municipality. In the data analysis of 84 participants, the simple linear regression model was estimated by Ordinary Least Squares (OLS). The results indicate that participants between 26 and 35 years old tend to show increased stress or those over 36 years old in the pandemic, when compared to participants between 18 and 25 years old; those with high school or higher education tend to experience increased stress in the pandemic compared to those with elementary school; those who have a partner showed a decrease in stress during the pandemic when compared to the previous period; those who have the habit of reading children's stories to the child tend to have a decrease in stress in the pandemic compared to those who did not; mothers with children who achieved satisfactory results in the personal/social domain of the ASQ-3-BR showed a reduction in stress compared to mothers with children who did not reach the expected scores for their age. When the child was 12 months old, most were attending day care, followed by the mother's choice to stop working to take care of the child; in the pandemic, there were changes in routines and children started to stay at home, and care aids by relatives or acquaintances were reduced by the need for sanitary measures of physical distance. The results suggest that the COVID-19 pandemic had an effect on maternal parental stress, especially when controlling the variables of maternal identification, presence of a partner, economic aspects (work), maternal stimuli and concerns, and aspects of family development. child. The higher the value of the maternal parental stress score at 12 months of age, the higher the value of the maternal parental stress score found in the first year of the COVID-19 pandemic, thus suggesting a positive correlation between the analyzed variables. In view of the relevance and implications for the development of children, the COVID-19 pandemic brought impasses and intensified the challenges for parenting practices.
 
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Date de Publication
2023-08-16
 
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