Introdução: trabalhar em turnos interfere no ritmo circadiano e, em algumas pessoas, principalmente naquelas que têm um ritmo circadiano mais rígido, pode provocar alterações em sua saúde e bem-estar. Para além dos distúrbios do sono, outros processos de adoecimentos, têm sido relacionados com o trabalho por turnos. Objetivo: identificar as características sociodemográficas, ocupacionais, hábitos de vida, cronotipo, qualidade do sono, sonolência e parâmetros objetivos do sono entre enfermeiros. Método: estudo, exploratório, correlacional e quantitativo. Para a obtenção dos dados foram utilizados um questionário com perguntas sobre as características sociodemográficas, hábitos de vida e as condições de trabalho; o Inventário de Cronotipo, a Escala de Pittsburgh para avaliação da qualidade do sono e a Escala de Epworth, para avaliar a Sonolência. A avaliação do sono, foi realizada por meio do Diário de Sono e das actigrafias para a investigação dos trabalhadores nos períodos sono e vigília. Resultados: estudo realizado com 42 enfermeiros hospitalares, a qualidade do sono dos participantes foi comprometida; foi considerada boa por 9,5% dos participantes, má por 64,3% e com distúrbios do sono por 26,2%. Nos que realizavam turnos rotativos, essa qualidade do sono foi identificada como má por 26,2%. Nas actigrafias, foram encontrados os valores de Latência do sono (6,33-2,74) e a Eficiência (83,22-5,57). As médias e desvios padrão dos demais parâmetros foram: Tempo Total/minutos - 312,32-75,09. Os participantes dormiam de forma fragmentada, com eficiência do sono reduzida. Sobre o cronotipo os resultados foram; vespertinos 9 (21,4%), indiferentes 17 (40,5%) e matutinos 16 (38,1%). Sobre a sonolência diurna excessiva foram encontrados os valores: Normal 13 (31,0%), Limítrofe 7 (16,7%), Leve 8 (19,0%), Moderada 13 (31,0%) e Grave 1 (2,4%). Conclusões: observou-se um predomínio feminino. O cronotipo dos participantes, apresentou destaque os indiferentes. Os resultados de qualidade do sono foram negativos, demonstrando certo comprometimento. A sonolência diurna excessiva também foi observada em um maior número de participantes. O sono dos participantes, foi comprometido. Espera-se que este estudo possa corroborar com a busca de melhores condições de trabalho para os profissionais de saúde.

Introduction: Working in shifts interferes with the circadian rhythm and, in some people, especially those who have a stricter circadian rhythm, it can cause changes in their health and well-being. In addition to sleep disorders, other illness processes have been linked to shift work. Objective: to evaluate sociodemographic and occupational characteristics, lifestyle habits, chronotype, sleep quality, sleepiness and objective sleep parameters among nurses. Method: exploratory study, correlational and quantitative. To obtain the data, a questionnaire was used with questions about sociodemographic characteristics, life habits and working conditions; the Chronotype Inventory, the Pittsburgh Scale to assess sleep quality and the Epworth Scale to assess sleepiness. The sleep assessment was carried out using the Sleep Diary and the actigraphies for the investigation of workers during sleep and wakefulness periods. Results: in a study carried out with 42 hospital nurses, the participants' sleep quality was compromised; was considered good by 9.5% of participants, poor by 64.3% and with sleep disorders by 26.2%. In those who worked rotating shifts, this quality of sleep was identified as poor by 26.2%. In the actigraphies, sleep latency (6.33-2.74) and efficiency (83.22-5.57) were found. The means and standard deviations of the other parameters were: Total Time/minutes - 312.32-75.09. The participants slept in a fragmented way, with reduced sleep efficiency. About the chronotype the results were; afternoon 9 (21.4%), indifferent 17 (40.5%) and morning 16 (38.1%). Regarding excessive daytime sleepiness, the following values were found: Normal 13 (31.0%), Borderline 7 (16.7%), Mild 8 (19.0%), Moderate 13 (31.0%) and Severe 1 (2 .4%). Conclusions: there is a female predominance. The chronotype of the participants highlighted the indifferent ones, followed by the morning ones. The sleep quality results were negative, demonstrating a certain impairment. Excessive daytime sleepiness was also observed in a larger number of participants. Participants' sleep was compromised. It is hoped that this study can corroborate the search for better working conditions for health professionals.