As atitudes relacionadas ao comportamento suicida e o risco de suicídio entre graduandos da saúde podem impactar negativamente o bem-estar, a saúde, dessa população, bem como a formação de recursos humanos para a assistência à pessoa com comportamento suicida. O estudo teve como objetivo analisar as atitudes relacionadas ao comportamento suicida e ao risco de suicídio entre graduandos de cursos da área de saúde. Estudo correlacional, transversal e de abordagem quantitativa, desenvolvido com 747 estudantes universitários que estavam matriculados a partir do 5° período nos cursos de graduação em Biomedicina, Enfermagem, Farmácia, Fisioterapia, Medicina, Nutrição e Odontologia de uma instituição de ensino superior localizada no Sul de Minas Gerais. A coleta de dados ocorreu de maio a junho de 2018, após a aprovação no Comitê de Ética em Pesquisa. Foram autoaplicados seis instrumentos: Questionário sociodemográfico, educacional e clínico; Questionário de Atitudes frente ao Comportamento Suicida; Escala de Esperança de Herth; Avaliação do Risco de Suicídio; Inventário de Depressão Maior e Escala de Autoestima de Rosenberg. Os dados foram tabulados em programa estatístico, para análise estatística descritiva, teste de comparação de média, correlação e regressão. Os preditores de sentimentos negativos relacionados ao comportamento suicida foram: sexo feminino, não participar de atividades religiosas, menor competência profissional autopercebida e atitudes moralistas. Foram preditores de competência profissional autopercebida: ter transtorno mental, ter mais esperança, presença risco de suicídio, não ter religião ou espiritualidade, menos sentimentos negativos e atitudes moralistas. Os preditores de maior compreensão do direito ao suicídio foram não participar de atividades religiosas, ter diagnóstico de transtorno mental, ler material específico sobre suicídio, ter menos sentimentos negativos, menos esperança e menos percepção da própria capacidade profissional. Os preditores de risco de suicídio foram ter sintomas depressivos, baixa autoestima, diagnóstico de transtorno mental, uso de psicofármacos, insatisfação com o apoio social e ler materiais sobre suicídio. O estudo pode subsidiar as políticas públicas para o apoio aos estudantes universitários e a importância de esta temática ser inserida nos componentes curriculares para promover uma melhor assistência a esses indivíduos com comportamento suicida.

Attitudes related to suicidal behavior and the risk of suicide among health graduates can negatively impact the well-being, health of this population, as well as the training of human resources to assist people with suicidal behavior. The study aimed to analyze attitudes related to suicidal behavior and the risk of suicide among undergraduate health courses. Correlational, cross-sectional study with a quantitative approach, developed with 747 university students who were enrolled from the 5th period in the undergraduate courses in Biomedicine, Nursing, Pharmacy, Physiotherapy, Medicine, Nutrition and Dentistry from a higher education institution, from a higher education institution located in South of Minas Gerais. Data collection took place from May to June 2018, after approval by the Research Ethics Committee. Six instruments were self-applied: Sociodemographic, educational and clinical questionnaire; Questionnaire of Attitudes towards Suicidal Behavior; Herth's Hope Scale; Suicide Risk Assessment; Major Depression Inventory and Rosenberg's Self-Esteem Scale. The data were tabulated in a statistical program, for descriptive statistical analysis, mean comparison test, correlation and regression. The predictors of negative feelings related to suicidal behavior were: female gender, not participating in religious activities, less self-perceived professional competence and moralistic attitudes. They were predictors of self-perceived professional competence: having a mental disorder, having more hope, having a risk of suicide, having no religion or spirituality, less negative feelings and moralistic attitudes. The predictors of greater understanding of the right to suicide were not participating in religious activities, being diagnosed with a mental disorder, reading specific material about suicide, having less negative feelings, less hope and less perception of one's professional ability. The predictors of suicide risk were having depressive symptoms, low self-esteem, diagnosis of mental disorder, use of psychotropic drugs, dissatisfaction with social support and reading materials about suicide. The study can support public policies to support university students and the importance of this theme being included in the curriculum components to promote better assistance to these individuals with suicidal behavior.