O presente trabalho tem por objetivo estudar o processo eleitoral em São Tomé e Príncipe com foco na participação das mulheres santomenses nesse processo e verificar as semelhanças e diferenças existentes na participação das mulheres no Brasil. Constituindo metade dos habitantes em ambos os países, as mulheres ainda não conquistaram na plenitude o lugar que lhes é de direito embora ao longo de sua história tivessem participação ativa quer nas atividades laborais, no desenvolvimento econômico, quer nas lutas ao longo do processo de descolonização e independência, quer no pós independência para a concretização dos ideais propostos e na transição do regime ditatorial para o regime democrático. Em São Tomé e Príncipe após a independência ocorrida em 12 de julho de 1975, a despeito das políticas públicas implementadas, como o sistema de cotas, a legislação interna e a legislação internacional existente visando tutelar os direitos das mulheres e, ainda, o regime democrático implantado na década de 1990 a representatividade do sexo feminino nas esferas de poder é diminuta. Isso ocorre devido à falta de instrução e qualificação, ocasionadas, na maioria das vezes, pela falta de oportunidades decorrentes da instabilidade governamental agravada pelo nepotismo e clientelismo existente no país. No Brasil, o cenário se repete, embora sua independência tenha ocorrido em 07 de setembro de 1822. As cotas existem e são usadas apenas para conveniência da maioria dos partidos políticos, sendo que as candidatas não recebem efetivamente qualquer tipo de apoio ou incentivo para que ocupem de fato os espaços de tomadas de decisão. A partir das semelhanças e diferenças apontadas entre os dois países será possível um diálogo e uma consequente cooperação mútua afim de que a maior participação das mulheres na vida política se torne realidade, pois ela é fundamental para o pleno desenvolvimento do país, bem estar do mundo e para a causa da paz.

This study aims to study the electoral process in São Tomé and Príncipe focusing on the participation of women in this process and to verify the similarities and differences in the participation of women in Brazil. Being half the inhabitants of both countries, women still have not fully won their rightful place, although throughout their history they have had an active participation in labor activities, economic development and struggles throughout the process of decolonization And independence, both in post-independence for the realization of the ideals proposed and in the transition from the dictatorial regime to the democratic regime. In São Tomé and Príncipe after independence on July 12, 1975, in spite of public policies implemented, such as the quota system, domestic legislation and existing international legislation to protect women's rights, as well as the democratic regime Implanted in the 1990s, the representation of women in the spheres of power is small. This is due to the lack of education and qualification, most of which is caused by the lack of opportunities arising from governmental instability aggravated by nepotism and clientelism in the country. In Brazil, the scenario repeats itself, although its independence took place on September 7, 1822. Quotas exist and are used only for the convenience of most political parties, and the candidates do not effectively receive any support or incentive for them Actually occupy decision-making spaces. From the similarities and differences pointed out between the two countries a dialogue and a consequent mutual cooperation will be possible so that the greater participation of women in political life becomes a reality because it is fundamental for the full development of the country, the well being of the world and for the cause of peace.