A pesquisa analisa a atuação das mulheres nas entidades sindicais e seus impactos para a categoria profissional e para a transformação social, no período de 2000 a 2020. A constatadainvisibilidade feminina nos sindicatos, apesar da participação ativa de mulheres nas reivindicações, leva-nos à necessidade de inscrevê-las na história, o que implica não em recontar, mas em verdadeiramente construir uma nova história. Com essa noção, analisamos a experiência da participação feminina na diretoria executiva e na presidência do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região, sob a ótica da Teoria da Reprodução Social, ancorada na vertente do feminismo marxista, o qual entende a centralidade da reprodução social para o sistema de produção capitalista. As reflexões teóricas propostas apoiamseempiricamente no conjunto documental relativo à entidade sindical analisada, bem como nas entrevistas semiestruturadas com as sindicalistas. Apresentamos os encontros da síntese entre teoria e prática constitutivos da inserção de pautas relativas ao trabalho reprodutivo no âmbito do debate sindical, inclusive com avanços nesse sentido nas previsões contidas nas cláusulas da Convenção Coletiva de Trabalho, na Folha Bancária, jornal do sindicato, e na prática sindical. Ao mesmo tempo, expomos o tensionamento da forma jurídica constitutivo dessas práticas e consideramos que tanto o feminismo quanto o sindicalismo são campos políticos em disputa inseridos no movimento histórico.

This research assesses the manifestation of women within union organizations and their impact within the categories of professional and social transformation, from 2000 to 2020. Female invisibility in unions is notable despite their active participation. This invisibility demands recognition and its place in history, necessitating not a retelling but the building of a new narrative. Building on this concept, the experiences of female participation at both executive board level and in the presidency of the Union of Bank Workers of São Paulo, Osasco and Region are analyzed from the perspective of the Social Reproduction Theory, anchored in Marxist feminism thought. This theory focuses on the centrality of social reproduction for the capitalist system. The theoretical reflections reached are empirically based both on union documents, as well as semi-structured interviews with the unionists. The correlations of theory and practice that constitute the inclusion of social reproductive thought are presented in the scope of the union debate, including advances contained in the clauses of the Collective Labor Convention, in Folha Bancária, trade union newspaper, and in union practice. Simultaneously, exposing the tension of the legal practice constituting these ideas and consider that both feminism and syndicalism are political fields in dispute within their historical movements.