Em setembro de 2019, a Reunião dos Ministros de Trabalho e Emprego do Grupo dos 20 (G20) reforçou a intenção de se fomentar um modelo laboral que observe os Direitos Humanos considerando, por exemplo, novas formas de trabalho, avanço da digitalização, mudanças demográficas, inclusão social, desenvolvimento sustentável e trabalho decente. No mesmo sentido vão outras diretrizes internacionais, como a Agenda 2030 da Organização das Nações Unidas (ONU) e a Declaração do Centenário da Organização Internacional do Trabalho (OIT). Tais preocupações aumentam na medida em que as possibilidades de regulação laboral se tornam mais complexas; afinal, com acirradas concorrências entre empresas e entre países, cada etapa de uma cadeia de suprimentos pode ser instalada em um local diferente, com distintos ambientes contratuais, institucionais, normativos, etc. Esses desafios, porém, não surgiram no século XXI. Depois da Segunda Guerra Mundial, os Estados Unidos (EUA) alçados à posição de líder do Capitalismo foram muito influenciados nos negócios por um antigo inimigo que se tornou um parceiro geopolítico fundamental: o Japão. Com Economia pujante e técnicas gerenciais inovadoras, os japoneses inspiraram modelos nos EUA e, assim, nos países que fazem parte do mundo capitalista, como o Brasil. Entre o final da Segunda Guerra Mundial (1945) e a queda da União Soviética (URSS) (1991), como a regulação do trabalho nos EUA foi impactada pelas técnicas gerenciais japonesas? Integrando a área de concentração Direito do Trabalho e da Seguridade Social, linha de pesquisa Direito e Processo do Trabalho Contemporâneos, esta Tese de Doutorado visa a analisar utilizando ferramentas de Sociologia Jurídica e de pesquisa comparativa essas transformações de alcance global.

In September 2019, the Group of 20 (G20) Labor and Employment Ministers Meeting reinforced the intention to promote a labor model which observes Human Rights considering, for example, new types of work, advances in digitization, demographic changes, social inclusion, sustainable development, and decent work. Other international guidelines follow the same path, like the United Nations (UN) 2030 Agenda and the International Labor Organization (ILO) Centenary Declaration. Such concerns increase as the possibilities for labor regulation become more complex; after all, with fierce competition among companies and among countries, each stage in a supply chain may be established in a different place, with distinct contractual, institutional, regulatory, etc. environments. These challenges, however, did not emerge in the 21st century. After World War II, the United States (USA) reaching the leading position of Capitalism was highly influenced in business by an old enemy that became a key geopolitical partner: Japan. With a thriving Economy and innovative management techniques, the Japanese inspired models in the USA and, thus, in the countries that take part in the capitalist world, such as Brazil. Between the end of World War II (1945) and the fall of the Soviet Union (USSR) (1991), how was labor regulation in the USA impacted by Japanese management techniques? Integrating the Labor Law and Social Security Law area of concentration, Contemporary Labor Law and Labor Procedure line of research, this Doctoral Dissertation aims to analyze using resources from Sociology of Law and from comparative research these transformations of global scope.