O presente trabalho busca a crítica imanente à figura da conciliação em processos individuais com pleito de pagamento de verbas salariais não pagas. Para tanto utilizamos o tempo como linha mestre para a crítica. Passamos pelo tempo processual, pela expectativa do tempo e pelos afetos que envolvem o tempo e as relações sociais, como o medo, o desamparo e a esperança. Estabelecemos qual a função do Estado na exploração da força de trabalho e manutenção do capitalismo, bem como a utilização do poder e dos afetos. Ademais, apresentamos o tempo da rotação do capital e como a conciliação e a demora processual podem ser úteis para o ganho do capitalista. Apresentamos a conciliação como ferramenta de exploração da classe trabalhadora e como há aceitação da conciliação com base nos afetos medo, esperança e desamparo.

The present work seeks the immanent criticism of the figure of conciliation in individual cases with the purpose of paying unpaid wages. For this we use time as the master line for criticism. We go through procedural time, by the expectation of time and by the affects that involve time and social relations, such as fear, helplessness and hope. We establish the role of the State in the exploitation of the labor force and the maintenance of capitalism, as well as the use of power and affection. In addition, we present the time of the turnover and how conciliation and procedural delay can be useful for the capitalist gain. We present conciliation as a tool for exploiting the working class as there is acceptance of conciliation based on the affections fear, hope and helplessness.