A gestão das áreas de compras existentes nas organizações está se tornando mais inteligente. A área tem sido gerida de forma mais estratégica, deixando seu antigo caráter puramente administrativo, para ser integrada como um processo ao plano de negócios. Por essa razão, as organizações reservam montantes consideráveis do seu budget para desenvolver os processos ligados à gestão estratégica de compras na cadeia de suprimentos. Logo, há um desenvolvimento que se realiza por meio de ações para aperfeiçoar os processos da área e pela adoção de novas tecnologias, meios pelos quais se objetiva que clientes, fornecedores e os processos trabalhem de forma integrada. Sobretudo no ambiente hospitalar, a gestão de compras é uma atividade de alto valor agregado, pois a falta de material pode dificultar seriamente o atendimento ao paciente, além do expressivo volume do orçamento que é mobilizado para a aquisição de materiais. Esse cenário agrava-se no ambiente público, devido às regulações e às formas de controle características do ambiente. Hospitais públicos com administração indireta, ou seja, administrados por uma instituição privada, emergem com resultados diferenciados no atendimento, respaldados por uma gestão de compras diferenciada entre outros processos internos. Considerando o contexto descrito, este trabalho propõe, por meio de um estudo de caso, expor e analisar as principais diferenças na execução da gestão de compras entre hospitais públicos com administração direta, realizada pelo Estado, e indireta, realizada por instituições privadas sem fins lucrativos. O mapeamento dos processos, aliado às análises comparativas entres os dois modelos de gestão, destacou a maior autonomia na gestão de compras e orçamentária do hospital com gestão indireta, refletindo na elevação da eficiência do processo de compras.

Managing existing purchasing areas in organizations is becoming smarter. This area has been managed more strategically, moving from its former purely administrative character and integrating itself as a process into the business plan. For this reason, organizations set aside considerable amounts of their budget to develop the processes related to the strategic management of procurement in the supply chain. This development is carried out by means of actions to improve the processes of the area and the adoption of new technologies, means by which clients, suppliers, and processes work in an integrated way. Especially in the hospital environment, purchasing management is a high value-added activity, since the lack of material can seriously hamper patient care, in addition to the significant volume that is mobilized from the budget for the acquisition of materials. This scenario is aggravated in the public environment, due to the regulations and the forms of control characteristic of the environment. Public hospitals with an indirect administration, which is, administered by a private institution, emerge with differentiated results in care, supported by a management of purchasing management, among other internal processes. In this context that this work proposes, through a case study, to expose and analyze the main differences in the execution of the management of purchases between public hospitals with direct administration, carried out by the State and indirect, by private nonprofit institutions. Process mapping allied with comparative analyzes between the two models, highlighted a higher autonomy in the indirect management hospital on purchasing management and budget, resulting in leverage the efficiency of the purchasing process.