The frequency of flood events has increased during the last decades in Brazil. Yet, there is a lack of studies investigating citizen adaptation measures. Therefore, we studied adaptation measures used by shopkeepers to protect themselves and their businesses against floods in two different basins to verify what drives the changes in protection. Both study areas are characterized as commercial areas with major flood problem. First, the Gregorio basin located in the city of São Carlos, south-eastern Brazil with an average annual total rain of 1,361.6 mm, and the second is the Tamandaré basin located in the city of Belém, north of Brazil, with average annual rainfall of 4,000 mm the Köppen climate classification system is Cwa and Af respectively. In Gregorio basin we conducted in person interviews with twenty-three (23) merchants to collect information about a flood occurred in January 12th, 2020, characterized by a return period of 103 years. Comparing our findings with previous work in the area, we found that people increased the flood gates' height more than 4-fold between 2015 to 2020. In Tamandaré basin we applied a questionnaire with forty-three (43) merchants to collect their viewpoints about the agents that cause the floods and what are the main implications of floods to their businesses. According to the merchants, the high tide is the main cause of flooding in the area, causing socioeconomic losses of up to 50% of their monthly income. Comparing the two basins, Gregorio suffers from floods caused by intense precipitation, the impermeabilization of the basin, and a high inclination of the land. The merchants then respond by improving their individual protection, by raising their floodgates, to prevent major damages. The Tamandaré basin, on the other hand, suffers from flooding from high tides, allowing the water to enter the drainage system, coupled with high precipitation rates which is very frequent in March and April. The merchants protect their merchandise from water but in general they don't use any structural protection to deal with the flood. The similarities stem from the fact that in neither of the basins the shopkeepers intend to move to a place with less risk because the areas are traditional commercial places since the foundation of the cities.

A frequência de eventos de inundação aumentou durante as últimas décadas no Brasil. No entanto, faltam estudos que investiguem as medidas de adaptação dos cidadãos. Portanto, estudamos as medidas utilizadas pelos lojistas para se protegerem, e a seus negócios, contra enchentes em duas bacias diferentes para verificar o que impulsiona as mudanças na proteção. Ambas as áreas de estudo são caracterizadas como áreas comerciais com grande problema de inundação. Em primeiro lugar, a bacia do Gregório localizada na cidade de São Carlos, sudeste do Brasil com uma precipitação média anual total de 1.361,6 mm, e a segunda é a bacia do Tamandaré localizada na cidade de Belém, norte do Brasil, com precipitação média anual de 4.000 mm, o sistema de classificação climática de Köppen é Cwa e Af, respectivamente. Na bacia do Gregório realizamos entrevistas presenciais com vinte e três (23) comerciantes para coleta de informações sobre uma enchente ocorrida em 12 de janeiro de 2020, caracterizada por um período de retorno de 103 anos. Comparando nossas descobertas com trabalhos anteriores na área, descobrimos que as pessoas aumentaram a altura das comportas em mais de 4 vezes entre 2015 e 2020. Na bacia do Tamandaré aplicamos um questionário com quarenta e três (43) comerciantes para coletar seus pontos de vista sobre os agentes que causam as enchentes e quais são as principais implicações para seus negócios. Segundo os comerciantes, a maré alta é a principal causa das enchentes na região, causando perdas socioeconômicas de até 50% da renda mensal. Comparando as duas bacias, Gregório sofre com enchentes causadas por chuvas intensas, a impermeabilização da bacia e a alta inclinação do terreno. Os comerciantes, então, respondem melhorando sua proteção individual, levantando suas comportas para evitar danos maiores. A bacia do Tamandaré, por outro lado, sofre inundações com as marés altas, permitindo a entrada de água na rede de drenagem, associada a altas taxas de precipitação que são muito frequentes nos meses de março e abril. Os comerciantes protegem suas mercadorias da água, mas em geral não usam nenhuma proteção estrutural para lidar com a enchente. As semelhanças decorrem do fato de que em nenhuma das bacias os lojistas pretendem se deslocar para um local de menor risco, pois as áreas são tradicionais locais de comércio desde a fundação das cidades.