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Disertación de Maestría
DOI
https://doi.org/10.11606/D.17.2022.tde-06052022-161310
Documento
Autor
Nombre completo
Ana Clara Alves Ferreira
Instituto/Escuela/Facultad
Área de Conocimiento
Fecha de Defensa
Publicación
Ribeirão Preto, 2022
Director
Tribunal
Cavalli, Ricardo de Carvalho (Presidente)
Coutinho, Conrado Milani
Korkes, Henri Augusto
Título en portugués
Análise dos critérios diagnósticos de pré-eclâmpsia em gestantes atendidas em um centro de referência em pré-natal de alto risco
Palabras clave en portugués
Gravidez
Hipertensão
Pré-eclâmpsia
Proteinúria
Resumen en portugués
Introdução: As doenças hipertensivas complicam 5 a 10% das gestações ao redor do mundo, sendo uma das principais causas de mortalidade materna e perinatal. A pré-eclâmpsia (PE) está relacionada a piores resultados maternos e neonatais a curto e longo prazo, sendo condição multissistêmica com acometimento de rins, fígado, sistema hematológico, cérebro e função placentária. Foi tradicionalmente definida como hipertensão que se desenvolve a partir de 20 semanas de idade gestacional associada a proteinúria, no entanto a observação de complicações graves em mulheres que não desenvolvem proteinúria passou a desconsiderar esse achado como condição sine qua non para o diagnóstico dessa patologia. No presente trabalho, foram avaliadas as mudanças no perfil clinico-laboratorial com a inclusão deste novo grupo diagnóstico. Objetivo: Analisar as implicações dos novos critérios diagnósticos estabelecidos pelo American College of Obstetricians and Gynecologists (ACOG) em 2013 na detecção e no perfil clinico e laboratorial de gestantes acometidas por pré-eclâmpsia cuja gestação foi resolvida no Centro Obstétrico do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (HCFMRP). Materiais e métodos: Estudo quantitativo descritivo retrospectivo a partir da análise de prontuários médicos do HCFMRP no período de 01 de janeiro de 2015 a 31 de dezembro de 2019, com tabulação de dados obtidos relacionados à idade materna, idade gestacional ao diagnóstico, comorbidades, critérios diagnósticos de pré-eclâmpsia, e valores laboratoriais nos principais testes diagnósticos, com posterior comparação entre os grupos de pré-eclâmpsia associada a proteinúria e não associada a proteinúria. Resultados: Foram analisadas 869 mulheres que receberam o diagnóstico de pré-eclâmpsia no período de 2015 a 2019. Com a aplicação dos critérios diagnósticos estabelecidos pelo ACOG (2013), houve incremento de 23,6% no total de pacientes diagnosticadas. O grupo PE não proteinúrica tende a apresentar idade gestacional mais tardia ao diagnóstico (36 versus 34 semanas, p=0.008), e maiores níveis de pressão arterial sistólica (162,2 versus 156,6 mmHg, p<0.001) e diastólica (101.5 versus 98.8 mmHg, p<0.001), não havendo diferença entre a idade materna. Dentre as lesões de órgão alvo em toda a amostra, prevaleceu o diagnóstico pela presença de sintomas de iminência de eclâmpsia (78,8% [IC 95% 74,9 - 82,35%]), sendo também a mais prevalente no grupo PE não proteinúrica, presente em 82% das pacientes. E entre os demais acometimentos, a prevalência de elevação de transaminases é maior que a de plaquetopenia e edema agudo pulmonar, porém não tem diferença estatística quando comparada com elevação de creatinina. No entanto, apesar da presença de disfunção orgânica no grupo PE não proteinúrica, essa amostra apresentou menores valores laboratoriais de transaminases, creatinina, ureia e ácido úrico. Conclusão: A ampliação dos critérios diagnósticos de pré-eclâmpsia trouxe maior sensibilidade e aumentou de maneira importante o número de mulheres diagnosticadas com PE, o que permitiu melhora da assistência pré natal, através do encaminhamento e seguimento dessas pacientes em um hospital terciário. Esse novo grupo diagnóstico, classificado por PE não proteinúrica apresente um diferente fenótipo, relacionado principalmente à alta prevalência de sinais e sintomas de iminência de eclâmpsia como critério diagnóstico. Além disso, este grupo apresenta doença mais tardia e com piores níveis pressóricos quando comparado com PE proteinúrica.
Título en inglés
Analysis of diagnostic criteria for preeclampsia in pregnant woman at a tertiary referral hospital
Palabras clave en inglés
Hypertension
Preeclampsia
Pregnancy
Proteinuria
Resumen en inglés
Introduction: Hypertensive diseases impact 5 to 10% of pregnancies around the world, being considered one of the main causes of maternal and perinatal mortality. Preeclampsia (PE) relates to negative maternal and neonatal outcomes in the short and long term. It is a multisystemic condition with involvement of the kidneys, liver, hematological system, brain and placental function. Traditionally, was defined as hypertension that develops after 20 weeks of gestational age associated with proteinuria. However, the observation of serious complications in women who do not develop proteinuria, made this finding no longer considered a requirement to diagnose this pathology. In the present study, we evaluated the changes in the clinical-laboratory profile with the inclusion of new diagnostic criteria. Objective: To evaluate the implications of preeclampsia's new criteria established by American College of Obstetricians and Gynecologists (ACOG) in 2013 in the diagnosis and clinical and laboratory profile of pregnant women who delivered at the obstetric division of the Ribeirao Preto Medical School - University of São Paulo (HCFMRP). Materials and methods: Retrospective quantitative descriptive study based on the analysis of medical records from HCFMRP from January 1, 2015 to December 31, 2019, with tabulation of data obtained related to maternal age, gestational age at diagnosis, comorbidities, preeclampsia's diagnostic criteria, and laboratory values in the main diagnostic tests, with subsequent comparison between the groups of preeclampsia associated with and not associated with proteinuria. Results: population was composed by 869 women with PE and the application of ACOG 2013's diagnostic criteria increases 23.6% in the total of diagnosed patients. The non-proteinuric group represents 19.1% of the population. In comparison with proteinuric PE, the non-proteinuric PE group tends to have higher GA at diagnosis (36 versus 34 weeks, p=0.008), higher systolic blood pressure levels (162.2 versus 156.6 mmHg, p<0.001) and diastolic blood pressure levels (101.5 versus 98.8 mmHg, p<0.001) with no difference between maternal age. Among the organ dysfunction, the most prevalent diagnosis was the presence of symptoms of imminent eclampsia (78.8% [Confidence interval 95% 74.9 - 82.35%]). This was also the most prevalent organ disfunction in the non-proteinuric group, present in 82% of patients. And among other organ lesions, the prevalence of elevated transaminases is greater than that of thrombocytopenia and acute pulmonary edema, but there is no statistical difference when compared to elevated creatinine. However, despite the organ disfunction present in the non-proteinuric PE, this group presented lower laboratory values of transaminase, creatinine, urea and uric acid. Conclusion: The expansion of the diagnostic criteria for PE brought more sensitivity and increased the number of diagnosed pregnant women, which allowed a better prenatal care, by referring and following up those patients at a tertiary hospital. This new diagnostic group, classified as non-proteinuric PE, had a different phenotype, mostly due to the prevalence of signs and symptoms of imminent eclampsia as diagnostic criterion. Additionally, this group presented later-onset disease and worse blood pressure levels when compared with proteinuric PE.
 
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Fecha de Publicación
2022-05-10
 
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