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Disertación de Maestría
DOI
https://doi.org/10.11606/D.17.2022.tde-06052022-155047
Documento
Autor
Nombre completo
Sergio Franca de Souza Filho
Instituto/Escuela/Facultad
Área de Conocimiento
Fecha de Defensa
Publicación
Ribeirão Preto, 2021
Director
Tribunal
Molina, Carlos Augusto Fernandes (Presidente)
Bastos Netto, José Murillo
Coltro, Pedro Soler
Título en portugués
Avaliação do índice de massa corpórea sobre desfechos no transplante renal com doadores falecidos
Palabras clave en portugués
Complicações
Obesidade
Transplante renal
Resumen en portugués
Introdução: O transplante renal está consolidado no cenário atual como terapia renal substitutiva eficiente. A Doença Renal Crônica (DRC) apresenta taxas crescentes nos últimos anos, acompanhada da elevação na incidência de suas principais etiologias: Diabetes Mellitus (DM) e Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS). Paralelamente, a obesidade apresenta ascensão neste cenário, já sendo considerada epidemia global. Assim, é frequente o número, cada vez maior, de obesos com DRC terminal e necessidade de terapia renal substitutiva. Portanto, testemunha-se aumento de candidatos obesos ao transplante renal, supostamente associados ao maior índice de complicações pós-operatórias e possível pior desfecho. No entanto, o tema ainda é controverso na literatura. Objetivos: Avaliar a incidência de complicações da ferida operatória e seus desfechos, mais notadamente a sobrevida do enxerto, no transplantado renal com índice de massa corporal (IMC) maior que 25 kg/m2 (sobrepeso/obeso) no primeiro ano pós-transplante. Materiais e Métodos: Estudo observacional, tipo coorte retrospectivo, de 218 pacientes adultos transplantados renais exclusivos no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo. Resultados: A maioria dos pacientes era caucasiana (72,4%) e do sexo masculino (62,8%). A média da idade dos receptores foi de 50,78 ±12,21 anos. A HAS estava presente em 187 (85.7%) e o DM em 50 (22,9%) dos transplantados. A média do IMC foi 26,6 kg/m2 (±4,51) e do Tempo de Isquemia Fria (TIF) foi de 25.81 horas (±4,51). Analisando a sobrevida do enxerto no primeiro ano pós-transplante, tanto a obesidade (IMC>30) como o sobrepeso (IMC>25) influenciaram negativamente, com HR 2.183 (IC95%, p=0.046, 1.01-4.7) e HR 1.798 (IC 95%, p=0.045, 1.01-3.19), respectivamente. Não foi identificada maior taxa de complicação da ferida operatória nos grupos sobrepeso e obesidade. No entanto, a complicação na ferida operatória está relacionada à menor sobrevida do enxerto no primeiro ano, com 2.8 vezes maior risco de enxerto não funcionante no grupo de feridas complicadas. Conclusões: Observou-se maior incidência de enxerto não funcionante ao final do primeiro ano do transplante em pacientes com sobrepeso/obesidade. Apesar de a obesidade não ser critério para contraindicar transplante renal nesses pacientes, orientações e medidas de perda ponderal pré-operatória podem contribuir para a sobrevida do enxerto.
Título en inglés
Evaluation of the body mass index on outcomes in kidney transplantation with deceased donors
Palabras clave en inglés
Complications
Kidney transplantation
Obesity
Resumen en inglés
Introduction: Kidney transplantation is consolidated in the current scenario as an efficient renal replacement therapy. Chronic Kidney Disease (CKD) has shown increasing rates in recent years, accompanied by an increase in the incidence of its main etiologies: Diabetes Mellitus (DM) and Systemic Arterial Hypertension (SAH). At the same time, obesity is on the rise in this scenario, already considered a global epidemic. Thus, an increasing number of obese patients with end-stage CKD need for renal replacement therapy. Therefore, we witness an increase in obese candidates for kidney transplantation, supposedly associated with a higher rate of postoperative complications and possibly worse outcomes. However, the topic is still controversial in the literature. Objectives: To assess the incidence of surgical wound complications and outcomes, most notably graft survival, in renal transplant recipients with a body mass index (BMI) greater than 25 kg/m2 (overweight/obese) in the first year post-transplant. Materials and Methods: Observational, retrospective cohort study of 218 adult renal transplant patients operated at Hospital das Clínicas da Faculdade de medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo. Results: Most patients were white (72.4%) and male (62.8%). The median age of recipients was 49.52 ± 12.7 years. SAH was present in 187 (85.7%) and DM in 50 (22.9%) of the transplanted. The median BMI was 26.6 kg/m2 (±4.51) and the Cold Ischemia Time (TIF) was 25.81 hours (±4.51). Analyzing graft survival in the first year post-transplantation, both obesity (BMI>30) and overweight (BMI>25) had a negative influence, with HR 2,183 (95%CI, p=0.046, 1.01-4.7) and HR 1,798 (95% CI, p=0.045, 1.01-3.19), respectively. We did not identify higher surgical wound complication rate in the overweight and obese groups. However, surgical wound complications were related to lower graft survival in the first year, with a 2.8 times higher risk of non-functioning graft in the group of complicated wounds. Conclusions: We observed a higher incidence of non-functioning grafts at the end of the first year of transplantation in overweight/obese patients. Although obesity is not a criterion for contraindicating kidney transplantation in these patients, preoperative weight loss guidelines and measures may contribute to graft survival.
 
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Fecha de Publicación
2022-05-10
 
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