Tese de Doutorado
DOI
https://doi.org/10.11606/T.17.2023.tde-29062023-141145
Documento
Autor
Nome completo
Arthur Marques Zecchin Oliveira
Unidade da USP
Área do Conhecimento
Data de Defesa
Imprenta
Ribeirão Preto, 2023
Orientador
Banca examinadora
Puggina, Enrico Fuini (Presidente)
Borin, João Paulo
Guirro, Rinaldo Roberto de Jesus
Tourinho Filho, Hugo
Título em português
Estudo do desempenho motor e autonômico de atletas de levantamento de peso
Palavras-chave em português
CrossFit
Desempenho físico
Força máxima
Levantamento de peso olímpico
Variabilidade da frequência cardíaca
Resumo em português
Relatos da utilização do treinamento peso foi introduzido por volta de 4000 a.C., no Egito, 2500 a.C. na China, e já em 776 a.C. na Grécia, nos Jogos Olímpicos da Antiguidade. Sua aplicação foi modificada pela história, desde a antiguidade quando se utilizava do levantamento de peso para a batalha, até as competições após 1890 onde os fatores técnico e de performance foram aprimorados (levantamento de peso Olímpico [LPO]). No treinamento de LPO (snatch, clean and jerk) é comum utilizar também dos exercícios fundamentais de força nos treinos (ex: front squat, overhead press). No Brasil, a partir de 2010 o LPO se popularizou devido a chegada da marca CrossFit. Com o maior interesse do público, estudos foram confeccionados para entender diferentes fatores relacionados a prática do levantamento de peso e sua aplicação no CrossFit (que tem sua base no levantamento de peso). Havia uma limitação na literatura sobre a utilização dos exercícios fundamentados de força para melhora do LPO. Apesar de a literatura demonstrar correlação entre as modalidades, não se sabia ao certo a quantificação do conjunto dos exercícios fundamentais de força a fim de descrever sua influência na performance do LPO. Ainda, sobre a prática do CrossFit baseada no levantamento de peso e outras modalidades desportivas, não existiam estudos reportando sua prática em atletas de elite, de forma crônica (competição), nas variáveis autonômicas, de potência anaeróbia e fadiga, ainda, correlacionando com o polimento. A presente tese apresentou a associação entre os movimentos de levantamento de peso Olímpico e os exercícios fundamentais de força baseado na teoria da força generalizada (Estudo 1). Ainda, esta tese reporta como atletas de elite se comportaram em dois dias de competição simulada de CrossFit nos parâmetros autonômicos, de potência anaeróbia e fadiga (Estudo 2). 19 participantes (levantadores de peso bem treinados) foram recrutados no Estudo 1, modelos de regressão múltiplas foram utilizados para observar a associação entre os exercícios fundamentais de força (overhead press, front squat e deadlift) e o LPO. No Estudo 2 foram recrutados 11 participantes no grupo controle (CON) e 10 participantes no grupo intervenção (INT). O grupo INT realizou dois dias de competição simulada de CrossFit sendo avaliados os parâmetros autonômicos, neuromusculares e de fadiga em diversos momentos pre- durante e pos-simulação. Ainda, foi analisado e correlacionado os parâmetros mencionados com o polimento. Antes de ambos os estudos ocorrerem o projeto inicial foi enviado e aceito pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Escola de Educação Física e Esporte da USP de Ribeirão Preto. Todos os participantes concordaram e assinaram o termo de consentimento livre e esclarecido. Os principais resultados foram: uma associação baixa e moderada (alcance r2= 0.46-0.62) entre os exercícios fundamentais de força (overhead press e front squat) e o LPO (Estudo 1). No Estudo 2 foi observada uma diminuição apenas da atividade parassimpática intra-dias mas não inter-dias. Houve correlação moderada entre a potência anaeróbia e o polimento (r= 0.44, p= 0.047). A presente tese concluí que atletas e treinadores de levantamento de peso devem continuar a utilizar os exercícios fundamentais de força como meio para melhora/manutenção do LPO, e que atleta de CrossFit devem utilizar de mais de um meio para monitoramento do treinamento físico/competição para um melhor entendimento e aplicação prática (ex: variabilidade da frequência cardíaca e salto vertical).
Título em inglês
Study of motor and autonomic performance in weightlifting athletes
Palavras-chave em inglês
CrossFit
Heart rate variability
Maximum strength
Physical development
Weightlifting
Resumo em inglês
Reports of the use of weightlifting date back to 4000 BC in Egypt, 2500 BC in China and as early as 776 BC in Greece, in the Olympic Games of antiquity. The use of weightlifting has changed over the course of history, from ancient times, when it was used for combat, to the competitions after 1890, when the technical and performance factors were improved (Olympic weightlifting [LPO]). In LPO training (snatch, clean and jerk), it is common to include basic strength exercises in the training (e.g. front squat, overhead press). In Brazil, LPO has become popular since 2010 with the arrival of the CrossFit brand. With the increased public interest, studies have been conducted to understand different factors related to the practice of weightlifting and its application in CrossFit (which is based on weightlifting). There has been a limitation in the literature on the use of strength-based exercises to improve LPO. Although the literature shows a correlation between the modalities, it was not known with certainty how to quantify the set of core strength exercises to describe their influence on LPO performance. Still, about the practice of CrossFit based on weightlifting and other sports, there were no studies reporting its practice in elite athletes, chronic (competition), on the autonomic variables, anaerobic power and fatigue, yet, correlating it with polishing. This thesis presents the relationship between Olympic weightlifting movements and fundamental strength exercises based on generalized strength theory (Study 1). This thesis also reports how elite athletes performed in a two-day simulated CrossFit competition on autonomic, anaerobic power and fatigue parameters (Study 2). 19 participants (well-trained weightlifters) were recruited in Study 1, multiple regression models were used to observe the association between fundamental strength exercises (overhead press, front squat and deadlift) and LPO. In Study 2, 11 participants were recruited in the control group (CON) and 10 participants in the intervention group (INT). The INT group performed two days of simulated CrossFit competition, being evaluated the autonomic, neuromuscular and fatigue parameters at different pre- and post-simulation moments. In addition, the mentioned parameters were analyzed and correlated with the tapering phase. Before both studies took place, the initial project was sent and accepted by the Research Ethics Committee of the School of Physical Education and Sports of the USP in Ribeirão Preto. All participants agreed and signed the informed consent form. The main results were: a low and moderate association (range r2= 0.46-0.62) between fundamental strength exercises (overhead press and front squat) and LPO (Study 1). In Study 2, a decrease in only intra-day but not inter-day parasympathetic activity was observed. There was a moderate correlation between anaerobic power and tapering (r= 0.44, p= 0.047). This thesis concludes that weightlifting athletes and coaches should continue to use basic strength exercises as a means to improve/maintain LPO, and that CrossFit athletes should use more than one means of monitoring physical training/competition for better understanding and practical application (e.g. heart rate variability and vertical jump).
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Data de Publicação
2023-07-06