Doctoral Thesis
DOI
https://doi.org/10.11606/T.17.2017.tde-08062017-102357
Document
Author
Full name
Thaiana Bezerra Duarte
E-mail
Institute/School/College
Knowledge Area
Date of Defense
Published
Ribeirão Preto, 2017
Supervisor
Committee
Ferreira, Cristine Homsi Jorge (President)
Baldon, Vanessa Santos Pereira
Bernardes, Ana Paula Magalhães Resende
Brito, Luiz Gustavo Oliveira
Guirro, Elaine Caldeira de Oliveira
Title in Portuguese
Eficácia do treinamento dos músculos do assoalho pélvico associado à cirurgia para prolapsos de órgãos pélvicos (POP) em mulheres: ensaio clínico randomizado e controlado
Keywords in Portuguese
Assoalho pélvico
Avaliação de sintomas
Fisioterapia
Prolapso de órgãos pélvicos
Terapia por exercício
Treinamento dos músculos do assoalho pélvico
Abstract in Portuguese
Os prolapsos dos órgãos pélvicos (POP) apresentam alta prevalência na população feminina, causando um grande impacto social e econômico negativo. Cerca de 11,1% das mulheres aos 80 anos têm indicação para a cirurgia de reparação de POP ou incontinência urinária. Há evidências de que o tratamento conservador, especificamente o treinamento dos músculos do assoalho pélvico (TMAP) é eficaz na redução dos sintomas do POP. No entanto, a literatura é escassa e controversa em relação à efetividade em associar-se o TMAP a procedimento cirúrgico quando há indicação cirúrgica. O objetivo primário deste estudo foi avaliar a eficácia em associar-se o TMAP a procedimento cirúrgico para correção de POP em relação aos seus sintomas. Os objetivos secundários foram verificar a capacidade de contração dos músculos do assoalho pélvico (MAP), a intensidade da contração voluntária máxima (CVM) dos MAP, percepção de melhora, a qualidade de vida, e função sexual. Foi conduzido um ensaio clínico randomizado e controlado com 96 mulheres com indicação médica para a cirurgia de reparação de POP em estágios II, III e IV alocadas em dois grupos: 48 no grupo submetido ao TMAP e 48 no grupo controle. O TMAP foi realizado em quatro sessões supervisionadas pré-cirúrgicas e sete sessões no pós-operatório. Todas as voluntárias foram avaliadas em três momentos: 15 dias antes da cirurgia e 40 e 90 dias após a cirurgia. O desfecho primário foi avaliado por meio do "Questionário de desconforto no assoalho pélvico" (PFDI-20) e os secundários por meio da Escala de Oxford Modificada, perineometria, "Escala de impressão clínica global de melhora" (PGI-I) "Questionário de impacto no assoalho pélvico" (PFIQ-7) e "Questionário sexual para incontinência urinária e prolapso de órgãos pélvicos" (PSIQ-12). Os dados foram analisados pela estatística descritiva por meio de frequências e porcentagens. Utilizou-se o teste t Student para verificar a diferença entre as médias dos dois grupos. Já o teste qui-quadrado para testar a diferença entre as proporções nas respostas dos dois grupos. Um modelo de regressão linear misto foi utilizado para verificar o efeito do tempo e dos grupos em relação aos desfechos. O nível de significância adotado foi p<=0,05. Ambos os grupos apresentaram melhora na sintomatologia após o seguimento. No entanto, não houve diferença significativa entre eles (4,3 IC 95%-14,4 a 23,2, p=0,65). Ambos os grupos apresentaram melhora na capacidade de contração dos MAP. Após 3 meses, a diferença entre os grupos em relação CVM foi -0,8 (IC 95% -8,1 a 6,4, p=0,81), em relação à percepção de melhora foi 0,4 (IC 95% -0,09 a 0,8, p=0,01), à qualidade de vida foi 2,7 (IC 95% -19,5 a 24,9, p=0,81) e em relação à função sexual -1,6 (IC 95% -7,6 a 4,4, p=0,59). Este estudo não demonstrou benefício adicional do TMAP em relação à sintomatologia de POP, capacidade de contração dos MAP, CVM dos MAP, qualidade de vida e função sexual. Entretanto, o grupo que recebeu o TMAP apresentou maior percepção de melhora
Title in English
Efficacy of pelvic floor muscles training associated to pelvic organ prolapse surgery in women: a randomized controlled trial
Keywords in English
Exercise therapy
Pelvic floor
Pelvic floor muscles training
Pelvic organ prolapse
Physiotherapy
Symptoms assessment
Abstract in English
Pelvic organ prolapse (POP) has a high prevalence in the female population, causing a great negative social and economic impact. It is estimated that about 11.1% of women at age 80 are eligible for POP repair surgery or urinary incontinence. There is evidence that conservative treatment, specifically pelvic floor muscle training (PFMT), is effective in reducing POP symptoms. However, the literature is scarce and controversial regarding the effectiveness in associating PFMT with a surgical procedure when there is a surgical indication. The primary purpose of this study was to evaluate the efficacy in associating PFMT to a POP surgery in relation to its symptoms. The secondary purposes were to verify the capacity of pelvic floor muscles' contraction (PFM), the maximum voluntary contraction (MVC) of the PFM, perception of improvement, quality of life and sexual function. A randomised controlled trial with 96 women with a medical indication for POP repair surgery in stage II, III and IV was conducted in two groups: 48 in the TMAP and 48 in control group. TMAP was performed in four supervised preoperative sessions and seven postoperative sessions. All volunteers were evaluated in three moments: 15 days before surgery and 40 and 90 days after surgery. The primary outcome was assessed using the "Pelvic Floor Distress Inventory" (PFDI-20) and the secondary endpoints using the "Modified Oxford Scale", perineometry, "Patient Global Impression of Improvement" (PGI-I), "Pelvic Floor Impact Questionnaire" (PFIQ-7) and "Sexual Questionnaire for Urinary Incontinence /Pelvic Organ Prolapse" (PSIQ- 12) and. Data were analyzed by descriptive statistics using frequencies and percentages. Student's test was used to verify the difference between the means in the groups. The chi-square test was performed to test the hypothesis whether there was a difference between the proportions of responses in both groups. A mixed linear regression model was used to verify the effect of time and groups on outcomes. The level of significance was set at p<=0.05. Both groups presented improvement in the symptomatology after the follow-up. However, there was no significant difference between them (4.3 95% CI -14.4 to 23.2, p=0.65). Both groups showed improvement in PFM contraction. After 3 months, the difference between groups in relation to MVC was -0.8 (95% CI -8.1 to 6.4, p=0.81), in relation to the perception of improvement was 0.4 (95% CI -0.09 to 0.8, p = 0.01), in relation to the quality of life was 2.7 (95%CI, p=0.81) and in relation to sexual function -1.6 (95% CI -7.6 to 4.4, p = 0.59) and This study did not demonstrated the additional benefit of PFMT on POP symptoms, PFM contraction, MVC, quality of life and sexual function. However, the group that received TMAP showed a greater perception of improvement
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Publishing Date
2017-09-06