A influência exercida pelo ciclo menstrual e seus sintomas no desempenho físico de mulheres de ciclo ovariano endógeno apresenta uma grande divergência de resultados na literatura. Tal fato reflete diretamente na representatividade do sexo feminino nas amostras de estudos de novas tecnologias e metodologias para melhora de desempenho físico. Diante desse cenário, atualmente há poucos estudos sobre os efeitos da fotobiomodulação - utilizado como recurso ergogênico- em mulheres fisicamente ativas e em idade reprodutiva. A presente tese foi dividida em três estudos com o objetivo de avaliar as diferenças do ciclo menstrual e a influência da fotobiomodulação no desempenho de mulheres. Estudo I - O objetivo do estudo foi analisar o desempenho físico, e os sintomas menstruais e temperatura cutânea de mulheres fisicamente ativas, eumenorreicas de ciclo ovariano endógeno em duas fases do ciclo menstrual. Os resultados demonstram que não houve diferença no desempenho físico e termorregulação entre Fase folicular inicial (FF) e Fase lútea média (FL). Porém, a intensidade do fluxo menstrual (t=-2.530; p=0.01; r²=0.32) e a percepção sobre a interferência do ciclo (t=2.554; p=0.01, r²=0.45) demonstraram interações negativas no desempenho. Estudo II - Avaliar a contribuição energética, por meio de protocolo de máximo déficit de oxigênio acumulado determinado por um único exercício exaustivo alternativo (MAODALT) e variáveis de desempenho durante a FF e FL. As diferentes fases do ciclo menstrual não apresentam influência significativa nas demandas energéticas durante um esforço supramáximo (p>0.05). Porém há um aumento do consumo de oxigênio durante a fase lútea média quando comparada à fase folicular inicial (Diferença média [95%IC] = -1.76 [-2.97, -0.56], p=0.006). Estudo III- Esse estudo teve como objetivo avaliar os efeitos da fotobiomodulação (FBM) no desempenho físico de mulheres saudáveis em idade reprodutiva, considerando uma das fases do ciclo menstrual. Os resultados demonstram que a FBM não apresentou melhora em nenhuma das variáveis de desempenho muscular, resistência à fadiga, percepção subjetiva de esforço, e concentrações sanguíneas de lactato (p>0.05), em mulheres saudáveis durante a FF do ciclo menstrual.

The influence exerted by the menstrual cycle and its symptoms on the physical performance of women with an endogenous ovarian cycle presents a great divergence of results in the literature. This fact directly reflects on the representation of females in the samples of studies of new technologies and methodologies to improve physical performance. Given this scenario, there are currently few studies on the effects of photobiomodulation - used as an ergogenic resource - in physically active women of reproductive age. The present thesis was divided into three studies with the objective of evaluating the differences in the menstrual cycle and the influence of photobiomodulation on the performance of women. Study I - The aim of the study was to analyze the physical performance, menstrual symptoms and skin temperature of physically active eumenorrheic women with endogenous ovarian cycle in two phases of the menstrual cycle. The results demonstrate that there was no difference in physical performance and thermoregulation between Early Follicular Phase (FP) and Middle Luteal Phase (LP). However, menstrual flow intensity (t=-2,530; p=0.01; r²=0.32) and the perception of cycle interference (t=2,554; p=0.01, r²=0.45) showed negative interactions in performance. Study II - To evaluate the energetic contribution, through a protocol of maximum accumulated oxygen deficit determined by a single alternative exhaustive exercise (MAODALT) and performance variables during FP and LP. The different phases of the menstrual cycle do not have a significant influence on energy demands during a supramaximal effort (p>0.05). However, there is an increase in oxygen consumption during the mid luteal phase when compared to the early follicular phase (Mean difference [95%CI] = -1.76 [-2.97, -0.56], p=0.006). Study III- This study aimed to evaluate the effects of photobiomodulation (PBM) on the physical performance of healthy women of reproductive age, considering one of the phases of the menstrual cycle. The results demonstrate that PBM did not improve any of the variables of muscle performance, resistance to fatigue, perceived exertion, and blood lactate concentrations (p>0.05) in healthy women during the FP of the menstrual cycle.