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Tesis Doctoral
DOI
https://doi.org/10.11606/T.17.2020.tde-21082019-120600
Documento
Autor
Nombre completo
Thaysa Brinck Fernandes da Silva
Dirección Electrónica
Instituto/Escuela/Facultad
Área de Conocimiento
Fecha de Defensa
Publicación
Ribeirão Preto, 2019
Director
Tribunal
Loureiro, Sonia Regina (Presidente)
Gaspardo, Cláudia Maria
Pasian, Sonia Regina
Silva, Alessandra Turini Bolsoni
Título en portugués
Depressão materna, afetos e práticas educativas maternas na predição de problemas comportamentais de crianças
Palabras clave en portugués
Afeto
Comportamento infantil
Depressão
Educação infantil
Resumen en portugués
A depressão materna tem sido apontada como uma condição de adversidade associada à presença de mais problemas comportamentais das crianças, sendo uma lacuna da literatura o papel dos afetos e suas influências para as práticas educativas das mães depressivas. Objetivou-se verificar o efeito preditivo da depressão materna, da percepção sobre os afetos e das práticas educativas parentais das mães para os desfechos problemas comportamentais de crianças em idade escolar, avaliados por mães e professoras. Adotou-se um delineamento transversal, correlacional preditivo, de comparação entre grupos. Participaram do estudo 101 díades mãe-criança, provenientes de uma amostra da comunidade, distribuídas em dois grupos, a saber: G1 - 51 díades, cujas mães apresentaram diagnóstico de depressão, e G2 - 50 díades, cujas mães não apresentaram histórico e transtorno depressivo atual, sistematicamente avaliado por instrumento diagnóstico. As 101 mães e seus respectivos filhos biológicos, de ambos os sexos, com idade entre oito e 11 anos, foram selecionados em quatro escolas públicas do ensino fundamental da cidade de Uberaba-MG. Para a inclusão e composição dos grupos, as mães responderam ao Questionário Sobre a Saúde do Paciente (PHQ-9) e à Entrevista Clínica Estruturada para o DSM-IV (SCID), e as crianças ao Teste das Matrizes Progressivas Coloridas de Raven, considerando para inclusão o percentil >= 25. Procedeu-se com as mães as aplicações: de um Questionário Geral, relativo aos dados sociodemográficos e familiares; da Escala de Afetos; e do Inventário de Estilos Parentais. Ainda, mães e professoras responderam ao Questionário de Capacidades e Dificuldades da Criança (SDQ), instrumento de rastreamento de indicadores comportamentais das crianças. Os dados foram codificados segundo as recomendações técnicas e analisados por procedimentos estatísticos (p<=0,05). Constatou-se, com significância estatística, que as mães de G1 apresentaram menos afetos positivos e mais afetos negativos, e relataram utilizar menos práticas educativas positivas e mais práticas negativas, quando comparadas às mães de G2. Em relação aos indicadores comportamentais, as crianças de G1 apresentaram, com significância estatística, mais sintomas emocionais em relação a G2, segundo a avaliação das mães e das professoras. Identificou-se associações significativas da depressão materna com baixo nível socioeconômico, mais afetos negativos, menos afetos positivos, predominância de práticas educativas negativas, e mais problemas comportamentais por parte das crianças, conforme os relatos das mães e das professoras. Verificou-se, por meio da análise de regressão linear multivariada, que as variáveis práticas negativas gerais e as práticas específicas de negligência e abuso físico foram as melhores preditoras dos problemas comportamentais das crianças. Tais problemas foram mais associados às práticas educativas negativas que à depressão materna e aos afetos, sendo que a prática de negligência se destacou nos modelos de predição, como a que mais explicou os problemas comportamentais dos escolares. Tais dados podem contribuir para o planejamento de programas de prevenção e intervenção mais efetivos para a população geral, com foco nas orientações quanto às práticas educativas, no sentido de minimizar os problemas de saúde mental maternos e infantis.
Título en inglés
Maternal depression, affects and maternal child rearing practices in the prediction of children's behavioral problems
Palabras clave en inglés
Affect
Child behavior
Child rearing
Depression
Resumen en inglés
Maternal depression has been identified as an adverse condition associated with the presence of greater behavioral problems in children. A gap exists in the literature regarding the role of affects and their influence on the educative practices of depressive mothers. The objective of this study was to verify the predictive effect of maternal depression, perceived affects and the parental educative practices of the mothers on the outcomes of school-age children's behavioral problems, as evaluated by mothers and teachers. A cross-sectional, correlational, predictive, cross-group design, was adopted. The study participants were 101 mother-child pairs from a community-based sample, divided into two groups: G1 - 51 pairs, whose mothers had been diagnosed with depression, and G2 - 50 pairs, whose mothers presented neither a history of nor a current depressive disorder, systematically evaluated using a diagnostic tool. The 101 mothers and their respective biological children of both sexes, aged between eight and 11 years, were selected at four public elementary schools in the city of Uberaba-MG. For the inclusion and composition of the groups, the mothers answered the Patient Health Questionnaire (PHQ-9) and the Structured Clinical Interview for DSM-IV (SCID), and the children answered Raven's Coloured Progressive Matrices, considering the percentile >= 25 for inclusion. The following tools were applied to the mothers: a General Questionnaire, related to sociodemographic and family data; the Affect Scale and the Parenting Style Inventory. In addition, mothers and teachers answered the Strengths and Difficulties Questionnaire (SDQ), a screening instrument for children's behavioral indicators. Data were coded according to the technical recommendations and analyzed by statistical procedures (p<=0.05). It was found, with statistical significance, that mothers of G1 presented less positive affects and more negative affects, and reported using less positive educative practices and more negative practices when compared to G2 mothers. Regarding the behavioral indicators, the children of G1 presented, with statistical significance, more emotional symptoms in relation to G2, according to the mothers' and teachers' evaluation. Significant associations were verified between maternal depression and low socioeconomic status, more negative affects, less positive affects, predominance of negative educative practices, and more children behavioral problems, as reported by mothers and teachers. It was verified through the multivariate linear regression analysis that the general negative practices and specific practices of neglect and physical abuse were the best predictors of children's behavioral problems. These problems were more associated with negative educative practices than with maternal depression and mother's affects, and the practice of neglect was highlighted in prediction models as the one that most explained the behavioral problems of schoolchildren. These data can contribute to the planning of more effective prevention and intervention programs for the general population, with a focus on guidelines on educative practices, in order to minimize maternal and child mental health problems.
 
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Fecha de Publicación
2020-05-04
 
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