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Disertación de Maestría
DOI
https://doi.org/10.11606/D.17.2007.tde-05092023-131338
Documento
Autor
Nombre completo
Carlos Alberto Baptista
Dirección Electrónica
Instituto/Escuela/Facultad
Área de Conocimiento
Fecha de Defensa
Publicación
Ribeirão Preto, 2006
Director
Tribunal
Crippa, José Alexandre de Souza (Presidente)
Botega, Neury Jose
Hetem, Luiz Alberto Bechelli
Título en portugués
Estudo da prevalência do transtorno de ansiedade social em estudantes universitários
Palabras clave en portugués
Epidemiologia
Fobia social
Prevalência
Transtorno de ansiedade social
Resumen en portugués
Objetivos: O estudo avaliou 2319 estudantes universitários de diversos cursos de graduação, visando determinar a prevalência do transtorno de ansiedade social (TAS) e as características demográficas desta população. Métodos: Aplicou-se coletivamente em sala de aula a escala SPIN (Inventário de Fobia Social), em todos os sujeitos presentes que aceitaram participar. Após esta primeira fase da pesquisa, foram selecionados os indivíduos com escores ≥6 na versão abreviada da SPIN (Mini-SPIN), e contatados por telefone para responderem ao módulo de ansiedade da SCID-IV. Foram realizadas análises descritivas (média, desvio padrão e freqüência) e inferências sobre as variáveis estudadas. Resultados: Na primeira fase com a Mini-SPIN obtivemos uma prevalência aparente de 20,6% para o TAS. Após a aplicação da SCID, confirmou-se o diagnóstico em 56,3% da amostra selecionada pela Mini-SPIN, representando 11,6% da amostra total, considerada a prevalência real do transtorno. Quanto aos tipos de medos, a maioria dos sujeitos com TAS apresentavam medo de falar em público (91,6%), seguido do medo de comer em público (28,3%) e do medo de escrever em público (16,5%). Em relação à instituição e área dos cursos freqüentados; 7,7% dos alunos da FMRP-USP, 13,3% da FFCLRP-USP e 10,3% da UNIFRAN foram classificados como portadores do transtorno, não havendo diferenças significativas (x2 =0,02; p=0,9). Verificou-se que os sujeitos do sexo feminino apresentaram significativamente maior prevalência TAS (N=161 ou 12,5%) do que os indivíduos do sexo masculino (N=76 ou 7,4%) (x2 =15,8, p<0,0001) . A idade média de início do TAS foi de 11,4 anos (±0,27) e o tempo médio de doença foi de 10,2 anos (±0,3). Apenas dois sujeitos (0,8%) identificados como apresentando TAS, referiram terem sido diagnosticados previamente por um profissional de saúde como portadores do transtorno. Apenas seis indivíduos com TAS (2,5%) tomavam alguma medicação que poderia ser útil no tratamento farmacológico do transtorno A maioria dos pacientes (N=151 ou 63,7%) foi classificada como apresentando TAS moderado, seguido por grau leve (N= 21 ou 21,9%) e grave (N= 34 ou 14,3%). Os indivíduos com TAS usavam com maior frequência (N=55 ou 23,2%) medicações gerais do que os não casos (N= 311 ou 14,8%) (x2 =10,9; p<0,001). Não foram encontradas diferenças significativas (t=0,98; p=0,33) no desempenho acadêmico, avaliado por meio da média ponderada das notas, entre sujeitos com (7,04; ± 1,05) e sem TAS (7,12; ±1,02). Entretanto, as estudantes do sexo feminino com TAS apresentaram significativamente (t=3,29; p<0,001) menores médias (7,06; 1,01) do que as sem o transtorno (7,36; 0,98). Conclusão: O TAS foi identificado como uma condição com prevalência elevada em estudantes universitários, mais comum em mulheres, com um início precoce, curso crônico e sem remissões espontâneas. Da mesma forma, demonstrou ser um transtorno sub-reconhecido, sub-diagnosticado, associado à incapacidade sociais importantes e raramente submetido a tratamento. Estratégias que objetivem a detecção precoce do TAS, possivelmente diminuiriam os custos sociais e individuais deste importante transtorno.
Título en inglés
Study of the prevalence of social anxiety disorder among university students
Palabras clave en inglés
Epidemiology
Prevalence
Social anxiety disorder
Social phobia
Resumen en inglés
Purpose: The study evaluated 2319 university students of several undergraduate courses with the purpose of determining prevalence of social anxiety disorder (SAD) and the demographic characteristics of this population. Methods: The Social Phobia lnventory (SPIN) was collectively administered in the classroom in all subjects who agreed to participate. Following this first research phase, individuais with scores ≥6 in the brief version of the SPIN (Mini-SPIN) were selected. All selected individuals were contacted by telephone and asked to answer the anxiety module of the SCID-IV. Descriptive analyses were performed (mean, standard deviation, and frequency) and inferences on variables were studied. Results: ln the first phase, using the Mini-SPIN, we obtained an apparent prevalence of 20.6% for SAD. After applying the SCID, diagnosis was confirmed for 56.3% of the sample selected with Mini-SPIN. This represents 11.6% of the total sample, therefore the real prevalence of the disorder. Regarding the types of fear, most of the subjects with SAD had fear of public speaking (91.6%), followed by eating in public (28.3%) and fear of writing in public (16.5%). Concerning universities and courses attended, 7.7% were students from the School of Medicine of Ribeirão Preto at the University of São Paulo (USP), 13.3% from the Faculty of Philosophy, Sciences and Languages of Ribeirão Preto (USP), and 10.3% were from University of Franca (UNIFRAN); with no significant differences (x2 =0.02; p=0.9). lt was observed that female subjects showed significantly higher SAD prevalence (N=161 or 12.5%) compared to male subjects (N=76 or 7.4%) (x2 =15.8; p<0.0001). Average age at SAD onset was 11.4 years (±0.27) and the average time of disease was 10.2 years (±0.3). Only two subjects identified as having SAD (0.8%), reported having been previously diagnosed with SAD by a healthcare professional. Only six individuals with SAD (2.5%) took any medication that was useful for the pharmacological treatment of the disorder. Most patients (N=151 or 63.7%) were classified as having moderate SAD, followed by mild (N= 21 or 21.9%), and severe (N= 34 or 14.3%). Individuals with SAD used general medications more frequently (N=55 or 23.2%) than non-cases (N= 311 or 14.8%) (x2 =10.9; p<0.001). No significant differences were found in academic performance (t=0.98; p=0.33), evaluated by weighted average grades between subjects with (7.04; ±1,05) and without SAD (7.12; ±1.02). However, female students with SAD showed significantly (t=3.29; p<0.001) lower grade averages (7.06; 1.01) compared to those without SAD (7.36; 0.98). Conclusion: SAD was identified as a highly prevalent condition among university students. lt is more common among women, with early onset, chronic course, and no spontaneous remissions. Moreover, it is an under-recognized and under-diagnosed disorder, associated with relevant social incapacities and is rarely submitted to treatment. Strategies aiming at early detection of SAD would probably reduce social and individual costs regarding this important disorder.
 
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Fecha de Publicación
2023-09-05
 
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