El desempeño neuropsicológico (neuropsychological performance-NP) de los trasplantados renales (kidney transplant recipients-KTR), la relación con variables clínico-sociales y las repercusiones en su nivel de funcionalidad, han sido poco estudiados. En La Etapa I se caracterizó el desempeño neuropsicológico del trasplantado renal, su posible asociación con factores clínico-sociales y la repercusión en el desempeño funcional, aplicando el análisis cluster. La muestra estuvo compuesta por 74 trasplantados de 18-55 años, a quienes se les aplicó el NEUROPSI y la Escala de Funcionalidad, para determinar el desempeño neuropsicológico y la funcionalidad. Se aplicaron medidas de tendencia central y dispersión, de frecuencia y de asociación; análisis clúster. Para todos los análisis, un P < 0.05 fue considerado estadísticamente significativo con un 95% CI. Resultados: en función de la puntuación estandarizada neuropsicológica identificamos 2 grupos. El clúster 1 tuvo mejor desempeño neuropsicológico en atención/funciones ejecutivas, memoria, total Neuropsi (P < 0.001). La prevalencia del déficit en el desempeño neuropsicológico fue del 12,8%, asociado con un menor nivel educativo; relación ratificada por las diferencias obtenidas con el Ancova (P = 0.003). El cluster 2 presentó menor nivel de tacrolimus en sangre (P < 0.001) y mayor limitación en funcionalidad (P = 0.017). Se registraron correlaciones negativas entre Total Neuropsi con: Total de limitación funcional (r = -0.43), Aprendizaje y Tareas (r = -0.63) y Demandas Generales (r = -0.38). Conclusiones: en los trasplantados el déficit cognitivo es de 12,8%. El desempeño neuropsicológico se asocia con diferentes niveles educativos, teniendo el mejor nivel educativo y el menor nivel en sangre de Tacrolimus una influencia positiva sobre el desempeño neuropsicológico de los trasplantados. El mejor desempeño neuropsicológico está asociado con mejor desempeño funcional. En la Etapa II se describió y comparó el NP de trasplantados renales con un grupo control, su posible asociación con factores clínico-sociales y su repercusión en el nivel de funcionalidad, aplicando el análisis caso-control. La muestra estuvo conformada por 81 controles y 88 trasplantados, de 18-55 años. Se les aplicó el NEUROPSI y Escala de Funcionalidad, para determinar el desempeño neuropsicológico y funcionalidad, respectivamente. Se normalizó el NEUROPSI a partir del grupo control, determinando el punto de corte para deterioro de NP: µ - 1.5σ. Se aplicaron medidas de tendencia central y dispersión, de frecuencia, de asociación y de efecto; análisis factorial de correspondencias múltiples. Resultados: El Grupo KTR tiene peor NP que los controles (P < 0.001), con una prevalencia de deterioro neuropsicológico de 22,4%. El Grupo KTR tienen un riesgo 5 veces mayor que el Grupo Control de presentar deterioro neuropsicológico, sobresaliendo el riesgo, 9 veces mayor, en el que se encontrarían las personas con trasplante de 18 a 35 años. No se encontró asociación entre las variables clínicas de interés y deterioro neuropsicológico. El porcentaje de limitación funcional de los trasplantados con deterioro es mayor al de aquellos sin deterioro. Además, existen correlaciones negativas entre las puntuaciones del Neuropsi y el porcentaje de limitación funcional, en 8 dimensiones de la funcionalidad. Conclusiones: El Grupo KTR muestra peor desempeño neuropsicológico que el Grupo Control, y presenta mayor riesgo al deterioro. Existe independencia entre las variables clínicas y deterioro neuropsicológico. Aunque un análisis más preciso, sugiere que éstas presentan patrones heterogéneos de riesgo al deterioro, que combinados con edad y escolaridad, derivan en grupos específicos de vulnerabilidad. El deterioro ejerce impacto sobre el desempeño funcional. A peor desempeño cognitivo mayores limitaciones funcionales. Estos hallazgos tienen implicaciones teóricas y prácticas en la intervención, orientada a reducir la incidencia, la prevalencia y las secuelas del deterioro cognitivo en el trasplantado renal.

O desempenho neuropsicológico (desempenho neuropsicológico-NP) de receptores de transplante renal (receptores de transplante renal-KTR), a relação com variáveis clínico-sociais e as repercussões em seu nível de funcionalidade têm sido pouco estudados. A etapa I caracterizou o desempenho neuropsicológico do transplantado renal, sua possível associação com fatores clínico-sociais e a repercussão no desempenho funcional, aplicando a análise de cluster. A amostra foi composta por 74 transplantados com idades entre 18 e 55 anos, aos quais foram aplicados o NEUROPSI e a Escala de Funcionalidade para determinar o desempenho e a funcionalidade neuropsicológica. Foram aplicadas medidas de tendência central e dispersão, frequência e associação; análise de agrupamento. Para todas as análises, um P < 0,05 foi considerado estatisticamente significativo com um IC de 95%. Resultados: com base no escore neuropsicológico padronizado, identificamos 2 grupos. O Cluster 1 teve melhor desempenho neuropsicológico em atenção/funções executivas, memória, Neuropsi total (P < 0,001). A prevalência de déficit de desempenho neuropsicológico foi de 12,8%, associada à menor escolaridade; relação ratificada pelas diferenças obtidas com o Ancova (P = 0,003). O Cluster 2 apresentou menor nível de tacrolimus no sangue (P < 0,001) e maior limitação na funcionalidade (P = 0,017). Correlações negativas foram registradas entre Neuropsi Total com: Limitação Funcional Total (r = -0,43), Aprendizagem e Tarefas (r = -0,63) e Demandas Gerais (r = -0,38). Conclusões: em transplantados o déficit cognitivo é de 12,8%. O desempenho neuropsicológico está associado a diferentes níveis educacionais, sendo que o melhor nível educacional e o menor nível sanguíneo de Tacrolimus influenciam positivamente o desempenho neuropsicológico dos transplantados. O melhor desempenho neuropsicológico está associado a um melhor desempenho funcional. Na Fase II, descreveu-se o NP de transplantados renais e comparou-se com um grupo controle, sua possível associação com fatores clínico-sociais e seu impacto no nível de funcionalidade, aplicando-se a análise caso-controle. A amostra foi composta por 81 controles e 88 transplantados, com idade entre 18 e 55 anos. O NEUROPSI e a Escala de Funcionalidade foram aplicados para determinar o desempenho neuropsicológico e a funcionalidade, respectivamente. O NEUROPSI foi normalizado a partir do grupo controle, determinando o ponto de corte para deterioração da DN: µ - 1,5σ. Foram aplicadas medidas de tendência central e dispersão, frequência, associação e efeito; análise fatorial de correspondência múltipla. Resultados: O Grupo KTR apresenta pior DN do que os controles (P < 0,001), com prevalência de deterioração neuropsicológica de 22,4%. O Grupo KTR tem um risco 5 vezes maior que o Grupo Controle de apresentar deterioração neuropsicológica, destacando-se o risco, 9 vezes maior, no qual se encontrariam transplantados entre 18 e 35 anos. Não foi encontrada associação entre as variáveis clínicas de interesse e a deterioração neuropsicológica. O percentual de limitação funcional dos transplantados com deterioração é maior do que naqueles sem deterioração. Além disso, existem correlações negativas entre os escores do Neuropsi e o percentual de limitação funcional, em 8 dimensões da funcionalidade. Conclusões: O Grupo KTR apresenta pior desempenho neuropsicológico do que o Grupo Controle, e apresenta maior risco de deterioração. Há independência entre as variáveis clínicas e a deterioração neuropsicológica. Embora uma análise mais precisa sugira que eles apresentam padrões heterogêneos de risco de deterioração, que, combinados com idade e escolaridade, levam a grupos específicos de vulnerabilidade. A deficiência tem um impacto no desempenho funcional. Quanto pior o desempenho cognitivo, maiores as limitações funcionais. Esses achados têm implicações teóricas e práticas para intervenções destinadas a reduzir a incidência, prevalência e sequelas de comprometimento cognitivo em receptores de transplante renal.