Introdução: As feridas cutâneas crônicas são problemas de saúde pública. A perda da solução de continuidade da pele pode acarretar desequilíbrio fisiológico no indivíduo e complicações, sendo necessária intervenção para acelerar o processo de cicatrização. A terapia a laser de baixa intensidade (LLLT) é um recurso altamente estudado com a finalidade de compreender seus efeitos positivos ao organismo. O modelo ex vivo de pele humana (hOSEC) é capaz de manter em parte a complexidade do sistema de origem, com condições próximas a fisiologia normal da pele, tornando-se alvo de interesse para pesquisa alternativa ao uso de animais. Objetivo: Avaliar a eficácia da LLLT em úlceras cutâneas experimentais no modelo ex vivo de pele humana. Métodos: Pele oriunda de cirurgias de abdominoplastia foram utilizadas, sendo usados 2 punchs: um de 10mm para os cortes dos explantes e outro de 3 mm para as úlceras. Aplicou-se laser de diferentes comprimentos de onda: 660 nm, 830 nm e a associação de 830 nm + 660 nm aplicados consecutivamente, na dose de 2J para os grupos 660 nm e 830 nm e 4J para o grupo 830 nm + 660 nm e comparou-se a um grupo não irradiado. As análises foram processadas por técnicas histopatológicas, bioquímicas (GSH, DPPH, MDA e FOX) e de biologia molecular (COL1A1, COL3A1, MMP-1 e CCND1),acompanhadas durante o período de cultivo de 6 dias. Resultados: Histologicamente o modelo ex vivo manteve sua estrutura durante todo o período de cultivo e observamos que alguns fragmentos apresentaram migração dos queratinócitos nas bordas das feridas, mas sem padrão específico em relação aos grupos de intervenção. Em relação ao estresse oxidativo e expressão gênica, no modelo e no período avaliado, não houve resultados significantes entre os grupos tratados e o não tratado. Conclusão: Os dados quantitativos dos experimentos não mostraram alteração significativa no processo de cicatrização em interação com a fototerapia, provavelmente pela diluição dos sinalizadores relativos ao tamanho da úlcera frente a todo o fragmento macerado. No entanto, o modelo ex vivo de pele humana (hOSEC) se confirmou como modelo experimental para avaliar o processo de cicatrização à histopatologia, mantendo a viabilidade celular em todos os grupos, mesmo permanecendo em cultura apenas pelo período de 6 dias, consolidando-se como promissor para estudos em fototerapia na cicatrização, mesmo com a falta de circulação e da influência da inflamação no modelo.

Introduction: Chronic skin wounds are public health problem. Aloss of skin continuity solution for the skin can cause physiological imbalance in the individual and complications, what require interventions to accelerate the healing process. Low-intensity laser therapy (LLLT) is a resource widely studied for the purpose of applying its positive effects on the body.The ex vivo model of human skin (hOSEC) is capable of maintaining part of the complexity of the original system, with conditions closer to the normal physiology of the skin, becoming a source of interest for an alternative research to the use of animals. Aims: This study aims to evaluate in ex vivo skin model the influence of LLLT on skin ulcers. Methods: Human skin from abdominoplasty surgeries was cut with a 10-mm biopsy punchand with another punchone 3-mm ulcer was made in the center, maintained on culture plates during 6-day.Lasers of different wavelengths were applied: 660 nm, 830 nm and associated therapy (830 nm plus 660 nmconsecutively), in the dose of 2J for the groups 660nm and 830 nm and 4J for the group 830 nm + 660 nm and compared to a non-irradiated group. The explants were analyzed by histopathological, biochemical (DPPH, GSH, FOX, MDA) and RT-PCR (COL1A1, COL3A1, MMP-1 and CCND1) techniques. Results: Histologically, the explants maintained its structure throughout the culture period. It was possible observed migration of keratinocytes at the edges of the wounds of some explants, but without specific pattern in relation to the intervention groups and the untreated. Regarding oxidative stressin and gene expression, the model and in the period evaluated, there were no significant results between the treated and untreated groups. Conclusion: Quantitative data from the experiments did not show any significant change in the healing process in interaction with phototherapy, probably due to the dilution of the indicators relating to the minimum size of the ulcer in relation to the entire macerated fragment. However, the ex vivo model of human skin (hOSEC) was confirmed as an experimental model to assess the healing process through histopathology, maintaining cell viability in all groups, even if it remained in culture only for a period of 6 days, consolidating itself as promising for studies in healing phototherapy, even with the lack of circulation and the influence of inflammation in the model.