A doença COVID-19 desde sua declaração pandêmica, em março de 2020, gerou inúmeras preocupações das pessoas e países devido à sua facilidade de transmissão, sintomas característicos de gravidade e a falta de conhecimentos sobre métodos eficazes de combatê-la. Esforços mundiais foram feitos em busca do entendimento da doença e de agentes eficazes em seu combate. A longa data, a prata tem sido utilizada como agente antimicrobiano, e seu uso na forma de nanopartículas tem ganhado destaque visto as inúmeras aplicações e avanços na área de nanotecnologia. A síntese verde por meios biológicos representa um desses avanços, visto que utiliza de meios sustentáveis e não tóxicos para o ambiente, além de dar características específicas e vantajosas à essas partículas produzidas por esse meio. O uso de Trichoderma reesei como agente biológico produtor de nanopartículas de prata se mostrou eficaz, ao produzir nanopartículas estáveis, de tamanho que proporcionasse efeito biológico, formato esférico e características próprias do capping proteico envolto à essas nanopartículas. Análises in vitro demonstraram o potencial efeito antiviral das AgNPs produzidas frente às infecções com SARS-CoV-2, oferecendo uma proteção profilática e pós-exposição a nível celular. Além disso, dado o fato de a doença ser extremamente inflamatória, as nanopartículas demonstraram grande efeito em evitar a inflamação e danos celulares. Dentre as vantagens do uso de AgNPs produzidas pela síntese biológica, está a menor citotoxicidade, além de um efeito antiviral também oferecido pelo capping proteico. As análises in vivo requerem melhor estratégia de avaliação dos efeitos das AgNPs. Contudo, evidências literárias e observadas neste trabalho, indicam potencial efeito inibitório das AgNPs produzidas por Trichoderma reesei frente a doença pandêmica COVID-19.

The COVID-19 disease, since its pandemic declaration in March 2020 has generated numerous concerns from people and countries due to its ease of transmission, characteristic symptoms of severity and the lack of knowledge about effective methods of combating it. Worldwide efforts were made in search of alternatives that would help to better understand the disease, and that would be effective in its fight. For a long time, silver has been used as an antimicrobial agent, and its use in the form of nanoparticles has gained prominence given the numerous applications and advances in the area of nanotechnology. Green synthesis by biological means represents one of these advances, since it uses sustainable and non-toxic means for the environment, in addition to giving specific and advantageous characteristics to these particles produced by this means. The use of Trichoderma reesei as a biological agent that produces silver nanoparticles was shown to be effective, by producing stable nanoparticles of size that would provide a biological effect, spherical shape and personal characteristics of the protein capping wrapped around these nanoparticles. In vitro analyzes demonstrated the potential antiviral effect of AgNPs produced against SARS-CoV-2 infections, offering prophylactic and post-exposure protection at the cellular level. Furthermore, given the fact that the disease is extremely inflammatory, nanoparticles have shown great effect in preventing inflammation and cellular damage. Among the advantages of using AgNPs produced by biological synthesis, they presented less cytotoxicity in addition to an antiviral effect also offered by protein capping. In vivo analyzes require a better strategy for evaluating the effects of AgNPs. However, literary evidences and showed in this work, indicate a potential inhibitory effect of AgNPs produced by Trichoderma reesei against the COVID-19 pandemic disease.