Esta tese apresenta o conceito de amarração para definir movimentos que articulam conhecimentos da arte, da educação e do design na condução de processos participativos. Valendo-se da cartografia como método, a pesquisa ganha voz através de uma agente designada por meio da composição -artista-educadora-designer- e delineia três movimentos de amarração que perscrutam três projetos de Ação Cultural: Caderno de campo, Cuadernos de Medellin e Mulheres Possíveis: corpo, gênero e encarceramento. A amarração como conjunto de dispositivos considera para o design um lugar sempre em relação, em acoplamento, emaranhado com outras disciplinas e entende o espaço do projeto como ambiente de aprendizagem. A pesquisa está em sintonia com os debates atuais no design, que buscam fomentar novos paradigmas ontológicos e epistemológicos para o campo, voltando-o para a investigação de práticas cada vez mais situadas, comprometidas com a dimensão relacional da vida e com a construção da autonomia. O estudo objetiva fazer um aporte metodológico à abordagem do design participativo e salienta a importância do fomento às perspectivas transdisciplinares e voltadas para a sistematização de práticas locais neste campo.

This thesis presents the concept of binding to define movements that articulate knowledges of art, education and design in the conduction of participatory processes. Using cartography as a method, the research gains voice through a designated agent through the composition -artist-educator-designer- and outlines three binding movements that scrutinize three Cultural Action projects: Field Notebook, Cuadernos de Medellín and Possible Women: body, gender and incarceration. The binding as a set of devices considers design a place that is always in relation, in coupling, entangled with other disciplines and understands the space of the project as a learning environment. The research is in line with current debates in design, which seek to foster new ontological and epistemological paradigms for the field, turning it towards the investigation of increasingly situated practices, committed to the relational dimension of life and to the construction of autonomy. The study aims to make a methodological contribution to the participatory design approach and emphasizes the importance of fostering transdisciplinary perspectives aimed at systematizing local practices in this field.