A partir de 2011 houve o início de um processo colaborativo de construção de conhecimento em Perus, distrito da região noroeste de São Paulo, envolvendo a Comunidade Cultural Quilombaque, agentes locais e o Núcleo de Estudos da Paisagem da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo (NEP/USP). No outro extremo do município, onde se localiza o bairro do Bororé, houve também a parceria entre o coletivo ecocultural Casa Ecoativa, a escola estadual Professor Adrião Bernardes e o Grupo de Estudos de Mapografias Urbanas da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo (GeMAP/USP). Ambos os territórios são denominados de "educadores" por seus agentes. A pesquisa busca compreender, por meio de uma abordagem qualitativa, a relação entre educação e território a partir das práticas apontadas. Para tanto, foi realizada uma investigação teórica sobre os conceitos de território e educação, seus conteúdos e classificações, bem como uma pesquisa de campo para compreender a aplicação desses conceitos nas práticas dos coletivos em parceria com a extensão universitária. Conclui-se que a atuação pedagógica e política desses coletivos em parceria com projetos de extensão universitária, por meio de processos dialógicos, opera como um instrumento potente para serem pensadas e construídas novas formas de gestão, existência e sobrevivência nas cidades em permanente construção.

As of 2011, a collaborative process of knowledge construction began in Perus, a district in the northwest region of São Paulo, involving the Quilombaque Cultural Community, local agents and the Center for Landscape Studies at the Faculty of Architecture and Urbanism at the University of São Paulo (NEP / USP). At the other end of the municipality, where the Bororé neighborhood is located, there was also a partnership between the ecocultural collective Casa Ecoativa, the state school Professor Adrião Bernardes and the Urban Mapography Study Group at the Faculty of Architecture and Urbanism at the University of São Paulo (GeMAP / USP). Both territories are called "educational territory" by their agents. The research seeks to understand, through a qualitative approach, the relationship between education and territory from the mentioned experiences. For this purpose, a theoretical investigation was carried out on the concepts of territory and education, their contents and classifications, as well as a field research to understand the application of these concepts in the practices of collectives in partnership with the university extension. We conclude that the pedagogical and political performance of these collectives in partnership with university extension projects, through dialogic processes, operates as a powerful instrument so that new forms of management, existence and survival can be thought and built in the cities under permanent construction.