Esta dissertação busca as diretrizes de reinserção urbana da área do Parque Dom Pedro II em São Paulo, partindo da constatação de seu papel atual de polo de mobilidade metropolitano e apoiando-se em exemplos internacionais de projetos de renovação urbana de áreas associadas à reforma ou construção de grandes estações intermodais. Este percurso se organiza em três eixos investigativos, correspondentes aos três capítulos da dissertação. Inicialmente a área do Parque Dom Pedro II é abordada empregando-se um método de análise urbanística que busca, em sua trajetória histórica e em suas características físicas e funcionais atuais, as pautas para planejamento e projeto para sua reinserção na cidade. Em seguida, no segundo capítulo, são abordadas as teorias urbanísticas mais recentes que tratam das metrópoles contemporâneas, com ênfase para o papel que as redes de mobilidade e os pontos de interface com a cidade, os polos de mobilidade metropolitanos, cumprem na organização e na estruturação destes vastos territórios urbanizados. Este capítulo pretende facilitar a compreensão do papel que a área de estudo pode vir a cumprir dentro da atual lógica de funcionamento da metrópole paulistana, atualizando o significado dos elementos analisados no primeiro capítulo. Finalmente, no terceiro capítulo, as características tipológicas e morfológicas dos polos de mobilidade metropolitanos, enquanto trechos específicos da cidade - como peças urbanas - e de seus principais elementos constituintes, as grandes estações intermodais, são analisadas através de um breve histórico da relação entre mobilidade, urbanismo e arquitetura, desde as propostas das megaestruturas imaginadas por arquitetos nas décadas de 1950 e 1960 até os exemplos contemporâneos de projetos urbanos associados a cinco estações europeias, reformadas ou construídas recentemente: Euralille em Lille, King's Cross e Saint Pancras em Londres, HauptBahnhof em Berlim, La Sagrera em Barcelona e Porta Susa em Turim. Fechando o terceiro capítulo um pequeno histórico das experiências de desenho urbano associadas à construção do metrô paulistano pretende aproximar as questões levantadas à realidade de São Paulo. Em vez de uma conclusão definitiva sobre uma solução projetual acabada para o Parque Dom Pedro II, um epílogo relaciona as questões abordadas nos três capítulos precedentes com o intuito de oferecer parâmetros para um plano e para a ação projetual para a área

This study seeks the guidelines for the urban reintegration of the Parque Dom Pedro II area in Sao Paulo, based on the finding of its current role as a metropolitan mobility hub and relying on international examples of urban renewal projects in areas associated with the renovation or construction of major intermodal stations. This path is organized into three investigative axes corresponding to the three chapters of the study. Initially the area of Parque Dom Pedro II is addressed by employing a method of urban analysis which seeks, through its historical trajectory and its current physical and functional characteristics, the guidelines for planning and design for its reintegration in the city. Then, in the second chapter, the most recent urban theories that address the contemporary metropolis are discussed, with emphasis on the role that mobility networks and its interface points with the city, the metropolitan mobility hubs, perform in the organization and structuring of these vast urbanized territories. This chapter is intended to facilitate the understanding of the role that the study area is likely to meet within the logics of operation in place in the Sao Paulo metropolis, updating the meaning of the urban elements analyzed in the first chapter. Finally, in the third chapter, the typological and morphological characteristics of the metropolitan mobility hubs, considered as specific areas of the city - as urban parts - and its main constituents, the major intermodal stations, are analyzed through a brief history of the relationship between mobility, urbanism and architecture, from the proposals of megastructures imagined by architects in the 1950s and 1960s to the contemporary examples of urban projects associated with five renovated or newly designed European stations: Euralille in Lille, King's Cross and Sait Pancras in London, HauptBahnhof in Berlin, La Sagrera in Barcelona and Porta Susa in Turin. Closing the third chapter a brief history of the experiences of urban design associated with the construction of the Sao Paulo subway system and stations aims to bring the issues raised closer to the reality of Sao Paulo. Instead of a definitive conclusion about a finished design solution to the area of Parque Dom Pedro II, an epilogue relates the issues addressed in the three previous chapters in order to provide parameters for planning and design in the area.