A pesquisa investiga os motivos do surgimento e crescimento urbano de Santos, desde a chegada da expedição de Martim Afonso de Souza em 1532 até a expulsão dos jesuítas em 1759, ressaltando a influência da tradição urbana portuguesa e possíveis interações indígenas, que estabeleceu lentamente características distantes do paradigma do urbanismo de colina. Dividida em quatro temas interconectados o Paraíso, a Paisagem, o Estabelecimento e o Sagrado a análise explora os motivos da escolha para ocupação do litoral sudes- te, os desafios na exploração do território, o papel determinante da Igreja na formação urbana e investiga as regularidades existentes no urbanismo colonial. A flexibilidade e adaptabilidade evidentes na paisagem urbana de Santos destacam-se pela interação dinâmica entre os templos religiosos e o traçado, gerando uma interseção única entre o sagrado e o profano. Essa dinâmica revela a influência que os templos exerceram na configuração urbana, adicionando uma camada de complexidade à morfologia da cidade. Ao mergulhar nas intricadas camadas da história de Santos, a pesquisa ressalta a carência de fontes documentais confiáveis e a ausência de registros claros sobre a origem e trajetória urbana dessa vila, uma das primeiras fundadas na colônia. A necessidade de atualização e rigor nos debates históricos fica evidente, em decorrência de lacunas e contradições existentes na bibliografia tradicional.

The research investigates the reasons for the emergence and urban growth of Santos, from the arrival of Martim Afonso de Souza's expedition in 1532 to the expulsion of the Jesuits in 1759, highlighting the influence of the Portuguese urban tradition and possible indigenous interactions that slowly established characteristics distant from the "hill urbanism" paradigm. Divided into four interconnected themes Paradise, Landscape, Establishment, and Sacred the analysis explores the reasons for choosing the occupation of the southeast coast, the challenges in exploring the territory, the decisive role of the Church in urban formation, and investigates the uniformity in colonial urbanism. The evident flexibility and adaptability in the urban landscape of Santos stand out through the dynamic interaction between religious temples and the city layout, creating a unique intersection between the sacred and the profane. This dynamic reveals the influence that temples exerted on urban configuration, adding a layer of complexity to the city's morphology. Delving into the intricate layers of Santos' history, the research underscores the lack of reliable documentary sources and the absence of clear records regarding the origin and urban trajectory of this town, one of the first founded in the colony. The need for updating and rigor in historical debates is evident, due to gaps and contradictions existing in traditional bibliography.