Na construção de nossas cidades, as noções de espaço público e de espaço privado têm se definido pelos valores de uso e posse, mantendo, portando, uma relação de oposição. A arquitetura, porém, deveria ser entendida sempre como uma ação de interesse público, onde o desenho de espaços entre estas duas categorias de espaço permitisse a fruição da cidade pelos cidadãos que optaram viver em uma cidade aberta. Que espaços são esses e que papel têm desempenhado na construção de uma cidade que possam inscrevê-la em uma idéia de modernidade: a convivência das diversidades em um mesmo espaço democrático e franco. Nesta pesquisa estudaremos de que maneira os edifícios da avenida Paulista lidam com a relação entre o público e privado, lançando mão de diversas estratégias espaciais que relacionem de maneira franca os objetos arquitetônicos, a cidade e seus cidadãos.

In the construction of our cities, the concept of public and private spaces has been defined by the values of use and ownership, which has an opposite correlation. Architecture, however, should always be understood as an action of public interest, where the design of spaces between these two categories of space allowed citizens, who chose to live in an open city, to benefit from it. What kind of spaces are they and what role have they performed in the construction of a city that can be integrated with the idea of modernity: the close association of varieties in the same democratic unified space. In this survey we are going to study how the buildings at Paulista Avenue deal with the interrelation between public and private, proposing several strategies which can aggregate architectural designs, the city and its citizens.