Este trabalho pretende analisar o papel do desenho como representação da arquitetura. O estudo desse papel exigiu uma abordagem das relações históricas verificadas entre a arquitetura e a sua forma de reperesentação, realizada pelo desenho. A compreensão dessas relações requereu que fossem consideradas, inicialmente, as qualidades do desenho enquanto instrumento para as mais diversas atividades culturais e cientificas. Necessitou-se, também, uma definição e uma classificação tipológica do desenho enquanto representação da arquitetura, com a finalidade de delimitar o campo de estudo e estabelecer os limites necessários para análise dos cruzamentos entre duas atividades de espectro tão amplo. Numa fase posterior, com o objetivo de gerar um instrumental para a leitura dos desenhos de arquitetura, foram desenvolvidos e abordados alguns modos pelos quais o desenho, como manifestação qeral, e o desenho de arquitetura, como atividade peculiar , podem ser interpretados. Para avaliar as potencialidades desse instrumental, foram analisados alquns desenhas significativos de arquitetos e correntes formadores dos movimentos modernos. As referências obtidas pelo quadro histórico e a interpretação das possibilidades representacionais do desenho, como siqno da arquitetura, revelam a sua capacidade cultural para estabelecer, desenvolver e fazer entender a própria arquitetura. Em suma, o trabalho procura demonstrar que o desenho, por ser um meio de conhecimento, ferramenta operativa de produção, instrumento de ensino, veiculo de divulgação, é o signo mais competente da arquitetura.

This work aims to analyse Drawing's role as a representation of Architecture. Such a study made necessary approaching the historical relations between Architecture and its representation as depicted by Drawing. The understanding of those relations required that Drawing qualities as a instrument for several scientific and cultural needs be considered. It was also required that a definition and typological classification of Drawing as a representation of architecture was tried to set limits for the analysis of so wide spectrum of activities. In a later stage, some ways by which drawings - in general - and architectural drawings -- in particular -- can be interpreted were developed and studied with the purpose of generating theoretical tools for reading those drawings. To evaluate this new tool's potential, some meaningful drawings by architects in the mainstream of modem movements were analyzed. The references from the historical context and the interpretations of the representational possibi1ities of Drawing as a architectural sign reveal its cultural power to establish, develop, and make possibie to understand Architecture itself, In short, this work tries to prove that Drawing, being a knowledge acquisltion means, a operating tool, a vehicle for communication, is the most competent sign of Arehitecture.