Este trabalho pretende interpretar desenhos de arquitetos supondo flagar a gênese da idéia do espaço que concebem nos sinais gráficos presentes neste repertório icônico. Consideramos que nos traços, formas, cores e materiais registrados sobre o papel há uma tentativa do arquiteto de tornar visível uma idéia, um projeto de espaço, um pensamento manifesto em desenhos imprevisíveis e impulsivos. Procurando estabelecer as conexões entre esta produção de imagens, e a arquitetura resultante deste procedimento projetual, o trabalho divide-se em 3 partes. Na primeira, Formas do Pensamento, desenvolve-se a idéia da produção da Arquitetura como manifestação de um modo de pensar e, portanto, a partir do conceito peirceano de diagrama e experimentação deduzimos o conceito de Arquitetura como forma de conhecimento. Na Segunda, Arquitetar, produz-se relações analógicas entre a produção icônica de cinco arquitetos: Le Corbusier, Vilanova Artigas, Herman Hertzberger, Abrahão Sanovicz e Paulo Mendes da Rocha, obtendo, através delas, princípios que caracterizam o desenvolvimento de uma pedagogia do olhar e do pensar através do desenho e de objetos tridimensionais. Na terceira parte, Lições de Arquitetura, conclui-se a idéia da produção de arquitetura e da visualização de um espaço que se tem em mente, ambos conjeturados nos elementos diagramáticos produzidos por estes cinco arquitetos. Nestes raciocínios traduzidos de forma icônica, está presente a lição de como arquitetar espaços através do pensamento.

This paper presents an interpretation of architect's drawings supposing to find out the genesis of the space they create in iconic reportory signs. We consider the impetuous and unpredictable drawings an effort made by the architects to make visible a thought and a project about the space they are conceiving. The possibilities of associations between the creation of images and the architecture made by these architects are developed through the three parts of this work. The first, Mind Shapes, elaborates the idea of producing Architecture as a way of thinking, and the bases for this comparison are found in the semiotical concepts created by Charles Sanders Peirce: diagram and experience. The second, To Invent, presents analogical associations from the drawings of five architects: Le Corbusier, Vilanova Artigas, Herman Hertzberger, Abrahão Sanovicz and Paulo Mendes da Rocha. The iconic representation guide us to the fundamental source of a pedagogy which teaches how to see and think through designs and mind images. The third part, Lessons of Architecture, concludes the idea of producing architecture and making visible the space that one has on the mind, both products of conjectural diagramatical elements drawn by these five architects. On these reasonings shown in iconic signs is the lesson of how to design spaces by mind design.