The complementarity and technological interdependence are central features of ecosystems. However, despite its relevance being widely recognized, it is still unclear how focal firms develop and manage complementarity and technological interdependence in ecosystems. While the current literature implicitly places these features as if it emerges automatically inside ecosystems, I propose that they need to be nurtured and managed by the focal firm through new ecosystem management capabilities. My main objective lies in the proposal of unveiling how focal firms develop complement arity and interdependence for ecosystem management through a capability lens. The methodology employed consisted of a qualitative and a quantitative phase. I started with an exploratory multiple case study in ten ecosystem focal firms, from which I proposed two new capabilities: the complementarity management capability and the technological management capability management capability. I described each capability with its own set of activities, definition, and measurement scale. The quantitative phase consisted of a survey with 275 executives. First, I used principal component factorial analysis, which resulted in the creation of two constructs for complementarity: i) ecosystem connections and ii) integration, and oth er two for technological interdependence: i) technological modularity and ii) co-development. Then, I applied structural equation modeling to validate the scales, which provided evidence to empirically support that the development of innovation can be associated with the development of the complementarity management capability and the technological interdependence management capability. These findings contribute to the capabilities-based view by showing a new type of capability that goes beyond the individual firm and considers its interaction with the ecosystem. For the ecosystem literature, this thesis contributes by presenting an understanding of how focal firms articulate the most central features of ecosystems into two new capabilities. Finally, I also contributed by developing and measuring two new constructs: a scale to measure complementarity and technological interdependence for focal firms

A complementaridade e a interdependência tecnológica são características centrais dos ecossistemas. No entanto, apesar de sua relevância ser amplamente reconhecida, ainda não está claro como as firmas focais desenvolvem e gerenciam a complementaridade e a interdependência tecnológica nos ecossistemas. Embora a literatura atual implicitamente trate essas características como se surgissem automaticamente dentro dos ecossistemas, eu argumento que elas precisam ser desenvolvidas e gerenciados pela empresa focal por meio de novas capacidades para gestão de ecossistemas. Meu principal objetivo é desvendar como empresas focais desenvolvem complementaridade e interdependência para a gestão de ecossistemas utilizando a visão baseada em capacidades. A metodologia empregada consistiu de uma fase qualitativa e outra quantitativa. Comecei com um estudo de caso múltiplo exploratório em dez firmas focais de ecossistemas, a partir do qual propus duas novas capacidades: a capacidade de gestão da complementaridade e a capacidade de gestão da interdependência tecnológica. Descrevi cada capacidade com seu próprio conjunto de atividades, definição e escala de mensuração. A fase quantitativa consistiu em uma pesquisa com 275 executivos. Primeiramente, utilizei a análise fatorial por componentes principais, que resultou na criação de dois construtos para complementaridade: i) conexões ecossistêmicas e ii) integração, e outros dois para interdependência tecnológica: i) modularidade tecnológica e ii) co-desenvolvimento. Em seguida, apliquei uma modelagem de equações estruturais, que forneceu evidências para sustentar empiricamente que o desenvolvimento da inovação está associado ao desenvolvimento da capacidade de gestão da complementaridade e da capacidade de gestão da interdependência tecnológica. Essas descobertas contribuem para a visão baseada em capacidades, mostrando um novo tipo de capacidade que vai além da empresa individual e considera sua interação com o ecossistema. Para a literatura de ecossistemas, esta tese contribui ao apresentar uma compreensão de como as empresas focais articulam as características mais centrais dos ecossistemas em duas novas capacidades. Por fim, também contribuí desenvolvendo e mensurando dois novos constructos: uma escala para medir a complementaridade e outra para a interdependência tecnológica em empresas focais