Este trabalho, de natureza exploratória, foi realizado com base em alguns estudos de experiências (Selltiz et alii, 1974) com executivos expatriados. O objetivo era estudar as diferenças de valores culturais e suas influências sobre o comportamento de executivos trabalhando em designações internacionais. Hampden-Turner e Trompenaars (1983, 2000) reconhecem que a internacionalização dos negócios requer melhor conhecimento dos padrões culturais e que a diversidade cultural presente nestas organizações fornece uma vasta oportunidade de aprendizado. Por outro lado, apresenta-se como um desafio, pois tais diferenças culturais afetam a administração e os negócios internacionais em virtude das potenciais situações de conflito. Neste trabalho, o termo diversidade cultural refere-se à diversidade racial, ou seja, a um sistema social com presença de distinção étnica ou racial (Cox, 1994; McLeod, Lobel e Cox, 1996). A bibliografia pesquisada sobre administração de conflitos interculturais tem revelado a importância de considerar a diversidade cultural como uma possibilidade de abertura de novas oportunidades, conscientização das diferenças nos comportamentos decorrentes de percepções, necessidades e diferentes valores envolvidos nas interações humanas. Os fatores que influenciam os comportamentos de executivos devem ser compreendidos pelos administradores no sentido de uma melhor efetividade da organização. Como é claramente impossível entender todos os fatores que influenciam o comportamento, focalizamos neste estudo as diferenças nos sistemas de valores das culturas pesquisadas e sua influência no comportamento de executivos em designações internacionais. É importante que as diferenças culturais não sejam removidas, mas usadas no sentido de clarificar o entendimento das partes que interagem, considerando idéias e possibilidades ainda não pensadas e verificando os melhores aspectos de cada parte no sentido da construção e melhoria da relação. Observamos que num ambiente de negócios internacional a competência intercultural baseia-se na capacidade do executivo valorizar, respeitar e desenvolver o aprendizado do pensamento helicoidal, ou seja, a capacidade de pensar em círculos virtuosos, percebendo e pensando em ambas as direções. Integrar posições opostas para se atingir a reconciliação de valores conflitantes provoca um círculo virtuoso de aprendizagem dinâmica (Hampden-Turner, 2000).

This exploratory study was based on the experience of a number of expatriate executives. (Selltiz et alii, 1974). Its aim was to study the differences in cultural values and their influence on the behavior of executives working abroad. Hampden-Turner e Trompenaars (1983, 2000) recognize that the internationalization of business requires a better knowledge of cultural patterns and that the cultural diversity present in these organizations presents enormous opportunities for learning. It is also a considerable challenge as such cultural differences affect international administration and business because of potential conflicts. In this study, the term "cultural diversity" refers to racial diversity, a social system with the presence of ethnic and racial difference (Cox, 1994; McLeod, Lobel e Cox, 1996). The bibliography which has been studied on the administration of intercultural conflicts has shown the importance of considering cultural diversity as a chance to provide new opportunities and for an improvement in the awareness of differences in behavior which result from the varied perceptions, needs and differences in human interaction. The factors which influence the behavior of executives should be understood by administrators in order to make the company more effective. As it is clearly not possible to understand all the factors which influence behavior, this study focuses on differences in the values of the cultures which have been investigated and their influence on the behavior of executives working abroad. It is important that cultural differences should not disappear but should be used to clarify the understanding of those who interect, helping them to consider ideas and possibilities which they havent yet come across and discovering which elements of the different participants can be used to build and improve a relationship. We can that in international business intercultural competence is based on the ability of the executive to value, respect and develop learning of helicoidal thinking, in other words, the ability to think in virtuous circles, looking and thinking in both directions. The integration of opposite positions in order to reconcile values will result in a virtuous circle of dynamic learning (Hampden-Turner, 2000).