A importância dos negócios sociais vem crescendo nas últimas décadas (Ande, 2016) a ponto de serem hoje uma parte relevante do cenário de investimentos de muitas economias, até mesmo de países em desenvolvimento como o Brasil. Essas organizações são percebidas como uma forma importante de lidar com questões sociais e ambientais de forma economicamente sustentável por meio do mecanismo de mercado. No ecossistema que surgiu em torno dos negócios sociais, as aceleradoras sociais são atores importantes que podem ampliar o número ou potencializar o desenvolvimento de negócios sociais. Governos, multinacionais e a sociedade estão interessados em entender como estas funcionam, pois eles podem ter um papel importante na geração de impacto socioambientais. Este trabalho usa uma abordagem quali-quant por meio de um estudo multicaso (Eisenhardt,1989) por meio de modelos de simulação para entender quais são as variáveis-chave para o desenvolvimento das aceleradoras. Priorizou- se compreender como essas organizações podem vir a ser financeiramente autossustentáveis. Os dois casos explorados por meio de modelos elaborados com o software Vensim permitiram compreender diferentes possibilidades para os casos analisados. Encontrou-se dificuldade em sustentar financeiramente um programa de aceleração por meio de receitas das startups aceleradas. Embora tenham sido simulados cenários em que isso seja possível, o tempo para as startups saírem ou gerarem receita, dificultam que estas cubram os custos do programa. Mesmo assim, alguns empreendedores conseguem acelerar muitas startups com custos muito baixos. Essa dificuldade é a causa da existência de muitos programas diferentes embutidos nos aceleradores de impacto social e seu risco de mission drift (Santos Pache e Birkholz, 2015). As variáveis críticas encontradas para a viabilidade financeira das aceleradoras sociais foram a aquisição de conhecimento pela equipe da aceleradora, o número de startups sendo aceleradas, o número de startups por funcionário e a taxa de sucesso necessária para que as startups gerem exits e/ou ou receitas.

The importance of social business has been growing in the last decades (Ande, 2016) till the point that are now a relevant part of the investment landscape of many economies, even developing countries like Brazil. These organizations are perceived as an important way of tackling social and environmental issues in an economic sustainable way through the market mechanism. In the ecosystem that emerged around the social business, social impact accelerators are important actors that may expand the number or enhance the development of social businesses. Governments, multinationals, and the society are interested in understanding how these accelerators work, as they might have an important role in generating social and environmental impact. This work uses a quali-quant approach through a multi-case (Eisenhardt ,1989) study using simulation models to understand what the key variables for the development of social impact accelerators are. It was given more prominence to understand how the social impact accelerators might be viable financially. The two cases explored through different models elaborated using the software Vensim enabled us to understand different possibilities to the cases analyzed. It was found difficult to financially sustain an acceleration program with revenues from the startup accelerated. Although it was simulated scenarios in which it might possible, the time to startups to exit of to generate revenue, make it difficult to cover for the program costs. Even though, some entrepreneurs may manage to accelerate many startups with very low costs. This difficulty is the cause to the existence of many different programs embedded in the social impact accelerators and its risk of mission drift (Santos Pache and Birkholz, 2015). The key variables to the financial viability of the social impact accelerators were the acquisition of knowledge by the accelerator team, the number of startups being accelerated, the number of startups per employee, and the success rate necessary for the startups to generate enough exits and/ or revenues.