This dissertation offers an assessment of the living labs' contributions to smart cities from a quadruple-helix perspective presented in five chapters: introduction, three papers, and a conclusion. The first paper addresses the controversy over the definition of a smart city. In this sense, we offer a meta-synthesis of studies that revised smart cities' concepts. There are five characteristics found in the literature to describe a smart city: a) advanced ICT technology; b) sustainability; c) innovative and high skilled society; d) high tech governance and citizen participation; and e) knowledge-based economy. The second paper addresses the different approaches to assessing smart cities. We carried out a systematic review of the literature to describe models for evaluating smart cities. Besides the rankings approach, highlighted in the academic literature and specialised media, we identified three other approaches: data-driven management, maturity level, and innovation ecosystems. Finally, in the third paper, we explore the living labs' contributions to smart cities from a quadruple-helix perspective, the central aspect of this dissertation. We conduct exploratory case studies. The selected cases (Living Lab Florianópolis, Living Lab of the Itaipu Technological Park, and Porto Digital) are part of an institutional context characterised by a low interaction between the quadruple-helix components. The data were obtained through documentary analysis and interviews with the organisers and participants of the living labs. The results suggest that living labs can contribute by a) selecting the most promising projects to be promoted; b) connecting quadruple helix components through collaborative practices and events; c) facilitating mediation between participants in living labs and government agencies, universities, and local companies to conduct tests; and d) insertion of the fourth helix as a tester, but not as a co-creator. These results contradict the notion that living labs are based on user-oriented innovation processes and suggest a producer-oriented trajectory.

A presente tese oferece uma avaliação das contribuições dos laboratórios vivos para o as cidades inteligentes sob a perspectiva da hélice quádrupla. A tese possui cinco capítulos: introdução, três artigos, e uma conclusão. O primeiro artigo aborda a controvérsia sobre uma definição de cidade inteligente. Destacam-se cinco características encontradas na literatura para descrever cidade inteligente: a) tecnologia avançada em TIC; b) sustentabilidade; c) sociedade inovadora e altamente qualificada; d) governança de alta tecnologia e participação social; e e) economia baseada no conhecimento. O segundo artigo debate as diferentes abordagens sobre avaliação de cidades inteligentes. Realizamos uma revisão sistemática da literatura com o intuito de descrever as existentes em relação à avaliação de cidades inteligentes. Para além de rankings, destacados na literatura acadêmica e mídia especializada, identificamos outras três abordagens: da gestão orientada a dados, do nível de maturidade; e, dos ecossistemas de inovação. Por fim, no terceiro artigo exploramos as contribuições dos laboratórios vivos para cidades inteligentes a partir de uma perspectiva de hélice quádrupla, sendo este o aspecto central desta tese. Nesse sentido, realizamos estudos de caso exploratórios. Os casos selecionados (Living Lab Florianópolis, Living Lab do Parque Tecnológico Itaipu e Porto Digital) fazem parte de um contexto institucional caracterizado pela baixa interação entre os componentes da hélice quádrupla. Os dados foram obtidos por meio de análise documental e entrevistas com os organizadores e participantes dos laboratórios vivos. Os resultados sugerem que os laboratórios vivos podem contribuir a) selecionando os projetos mais promissores a serem promovidos; b) conectando componentes de hélice quádrupla por meio de práticas e eventos colaborativos; c) facilitando a mediação entre participantes de laboratórios vivos e órgãos governamentais, universidades e empresas locais para realização de testes; e d) inserindo a quarta hélice como testadora no processo de inovação, mas não como co-criadora. Esses resultados contradizem a noção de que os laboratórios vivos se baseiam em processos de inovação orientados para o usuário e sugerem uma trajetória orientada para o produtor.