A vitivinicultura no Brasil sofreu nos anos 1990 um significativo impacto em função da nova inserção internacional do país mas verifica-se a possibilidade de afirmação do produto nacional em seu mercado e em alguns mercados de exportação. Entretanto, persiste um problema de coordenação do sistema agroindustrial, como adequar as quantidades e qualidade da matéria-prima a políticas comerciais de longo prazo, especialmente do vinho fino. Nesse sentido verifica-se na Serra Gaúcha uma diversidade de estruturas de governança que dão suporte à transação entre viticultores e vinícolas, que incluem o mercado, o cooperativismo, o uso de contratos, a integração vertical, bem como o uso de mecanismos administrativos de incentivo e controle. O objetivo do presente trabalho é comparar essas distintas estruturas de governança com base na visão sistêmica de agribusiness proposta por Davis e Goldberg (1957) e na Economia de Custos de Transação, que permite o teste de hipóteses. A pesquisa não rejeita as hipóteses dessa teoria pois aponta para o melhor desempenho das estruturas de governança mais integradas verticalmente, bem como para a maior continuidade nas transações que envolvem ativos específicos.

The Brazilian viticulture and wine industry was affected in the 1990's by a significant impact due to the new insertion of the country in the International context. Despite of this, there is the possibility of the national product to be asserted in the internai market and yet in some International markets. However, it persists a problem of coordination of the agribusiness system, how to adjust the amounts and the quality of the raw material to the commercial long dated policies especially that one of quality wines. In this way, in the Serra Gaúcha viticultural region there is a diversity of governance structures which supports the transactions between grape growers and wineries, including market, cooperativism, use of contracts, vertical integration and administrative mechanisms of incentive and control. The objective of this work is to compare these distinct governance structures based on the systemic point of view of the agribusiness proposed by Davis and Goldberg (1957) and on the Transaction Cost Economics that allows the test of hypotheses. The research do not reject the hypotheses of this theory because leads to a better performance of the governance structures which are more vertically integrated, as well as to the higher continuity in the transactions involving specific assets.