In this paper, we study the efect of womens public leadership in times of crisis. More specifically, we use a regression discontinuity design in close mayoral races between male and female candidates to understand the impact of having a woman as a mayor during the COVID-19 pandemic in Brazil. We provide evidence that municipalities under female leadership had fewer deaths and hospitalizations per 100 thousand inhabitants and enforced more non-pharmaceutical interventions (e.g., mask usage and prohibition of gatherings) than male-governed localities. We also shed light on the potential mechanisms behind these outcomes. We show that our results are mainly driven by localities where the incumbent ran for re-election in the 2020 elections. In line with brand-new evidence, this suggests that gender diferences in electoral incentives greatly shaped the policy and epidemiological results we observed in Brazil. Finally, we show that although female mayors who sought re-election outperformed their male peers in managing the COVID-19 crisis, there is no evidence they got an electoral premium over men in the subsequent local election

Neste trabalho, estudamos o efeito da liderança pública feminina em tempos de crise. Mais especificamente, utilizamos o método de regressão descontínua em eleições para prefeitos com uma margem muito pequena de votos entre candidatos homens e candidatas mulheres para compreender qual o impacto de se ter uma prefeita mulher durante a pandemia do COVID-19 no Brasil. Nossos resulta- dos indicam que municípios com liderança feminina apresentaram menos mortes e hospitalizações por 100 mil habitantes e, além disso, tiveram mais intervenções sanitárias - como obrigatoriedade do uso de máscaras e proibição de aglomerações - em relação aos municípios governados por prefeitos homens. Ao investigar quais os mecanismos por trás desses achados, mostramos que os resultados se concentram em localidades que o prefeito incumbente concorreu à reeleição em 2020. Em linha com as novas evidencias, nossos achados indicam que diferenças de incentivos eleitorais entre os gêneros influenciaram substancialmente a escolha de politicas publicas e, portanto, os resultados epidemiológicos que observamos no Brasil. Por fim, apesar dos nossos resultados indicarem que as prefeitas mulheres que concorreram à reeleição em 2020 foram melhores gestoras da pandemia que seus pares masculinos, não encontramos evidencia de que isso as deu uma vantagem eleitoral sobre os homens nas eleições subsequentes.