Esta tese apresenta uma análise dos custos da permanência prolongada dos alunos nos cursos de graduação da Universidade de São Paulo, com desagregação em nível de unidades. Os dados correspondem à situação no ano de 1994. Foram pesquisados, ainda, os fatores relevantes para este tipo de comportamento, no caso específico dos alunos do curso de graduação em Economia. O período analisado foi de 1980 a 1990. Inicialmente, realizou-se uma análise descritiva dos dados pessoais e de desempenho dos alunos, que colaboraram para a posterior estimação de um modelo de escolha multinomial, no caso, um Logit e de um modelo de análise de duração. Os resultados indicaram, basicamente que, do ponto de vista da Universidade, a permanência prolongada dos alunos gera custos consideráveis, além de caracterizar uma situação mais perversa socialmente pois a permissão para esta demora acaba favorecendo alunos com suporte financeiro familiar suficiente para o custeio desta opção, que são aqueles que com maior chance de chegar à conclusão do curso. Por outro lado, aqueles com menor renda familiar, apresentam maior probabilidade de desistência após estarem vinculados por longo período, não se beneficiando, portanto, do excessivo tempo que lhes é concedido. Assim, a perda para a Universidade não é justificável por nenhum aspecto que se possa considerar, menos ainda, pelo aspecto distributivo.

This thesis analyses the costs of students remaining in the undergraduate program at the Universidade de São Paulo for extended periods of time.The data are shown by colleges and represent the situation in 1994. We research the factors associated with this behaviour for the students of the course of Economics. The period analysed was 1980 until 1990. First, the personal and performance data were analysed at a descriptive level and the results contributed to estimate a multinomial-choice model (Logit) and a duration analysis model. The results indicate, basically, that from the point of view of the university the long stay signifies considerable costs. This situation is socially perverse because allowing these students to remain long periods favors that students whose families have economic resources to support this option and who have a greater chance of concluding the program. On the other hand, those with lower family income have a greater chance of dropping out, even after spending an extended time at the University, thus getting no benefit from the extra time granted them. Therefore, the cost of the University is not defensible from any aspect, much less from the distributive one.